A PREGUIÇA
A primeira pedra poderá atirar
A pessoa que nunca comigo flertou
E deixou-se pelos meus encantos levar
Mesmo tendo consciência de quem sou
Com desânimo de se relacionar
De não ouvir o que os outros querem dizer
De sentir de pensar e de realizar
De deixar pra depois, não querer aprender
Lerdeza na vida, tédio de viver
Nunca será um herói ou um vencedor
Aquele que por mim se deixar convencer
Com lentidão no pensar e sem perceber
Sou pecado capital, lhe deixo assim
Não aproveita nem conquista, nunca vai ser
A INVEJA
Da história do homem eu faço parte
Desde o início da sua evolução
Em qualquer lugar sempre viverei com arte
Amiga do sofrimento e desilusão
Do ganho ou sucesso que qualquer outro obtém
Nem preciso que seja eu a desfrutar
Procuro reduzir sempre e com desdém
E minha mágoa eu consigo compensar
Meu trabalho, diz a crendice popular
É cobiçar, pôr olho gordo ou mal-olhado
Naquilo que o outro conseguiu conquistar
Eu sou o mal secreto, pecado capital
Muitos indivíduos comigo convivem
Mas poucos admitem. Isso é natural.
A SOBERBA
Se vive na certeza que é o máximo
Um símbolo de valor e importância
Nem admite ser comparar ao próximo
Esbanja orgulho, altivez e arrogância
Se você não admite a humildade
Venera a sua própria existência
Sem se conscientizar da realidade
Pensa que é centro e circunferência
Por mim, mais alguns vícios virão
Pois o pecado que a você domina
É, também, hipocrisia e ambição
De inocente sempre passo ilusão
Porém, da pessoa que contamino
Sou ainda seu algoz e perdição
A GULA
Assim como uma mulher linda de morrer
E de corpo escultural, sou bem desejada
Bela e harmoniosa pra você querer
E nunca pensar em me abandonar por nada
O que seus olhos vêem eu lhe faço querer
Muito mais do que necessita possuir
feito saco de vaidades você vai encher
E com voracidade mais vai consumir
Não admite que perdão você não merece
Para tudo que deseja, embora em excesso
E continua a obter o que apetece
Sou pecado capital, trabalho discreta
Transformado por impulso alheio à razão
Escravo do querer você será, na certa
A LUXÚRIA
Vivo para satisfazer uma paixão
Com a impulsividade desenfreada
para buscar a almejada satisfação
Que será, prazerosamente, conquistada
Procurando fugir do convencional
Desfruto do doce poder de dominar
Sou excêntrica, libertina e sensual
Pervertida é como eu sei de atuar
Desvirtuar o homem é o meu ofício
Paixão, amor, exacerbação de desejos
Sou a fuga do amor em compulsão, um vício
Pecado capital, falta de harmonia
Prazer que desordenadamente alucina
Sentimento intenso, mas pura fantasia
A IRA
Nascida de desgosto e desilusão
Permaneço no seu íntimo escondido
Posso causar sofrimento e aflição
Provocar a explosão do afeto contido
Eu sou o impulso que permite atacar
Paixão que incita agir contra alguém
Desejo descontrolado de se vingar
Ódio e raiva são forças que me mantém
Quem comigo vive muita intimidade
Deixa de controlar com rigor os impulsos
E sempre vai perder a racionalidade
Corrosiva e destrutiva emoção
Propulsora freqüente de más decisões
Firo sujeito e objeto da ação
A AVAREZA
O pecado sempre se opõe à virtude
Numa intricada trama inconsciente
Com habilidade a pessoa ilude
Agindo sempre de maneira diferente
Desordenado afã de ter e ter mais
Juntar incontrolavelmente para ser
E reter sem querer se desprender jamais
Como se para sempre pudesse viver
Quem comigo passa a vida a flertar
De pão-duro e de mesquinho é chamado
Pois nem consigo se atreve a gastar
Sofrendo a patologia do reter
Passará consumido por medos e culpas
Num poço de insegurança a viver
Fontes:
Recanto das Letras
A primeira pedra poderá atirar
A pessoa que nunca comigo flertou
E deixou-se pelos meus encantos levar
Mesmo tendo consciência de quem sou
Com desânimo de se relacionar
De não ouvir o que os outros querem dizer
De sentir de pensar e de realizar
De deixar pra depois, não querer aprender
Lerdeza na vida, tédio de viver
Nunca será um herói ou um vencedor
Aquele que por mim se deixar convencer
Com lentidão no pensar e sem perceber
Sou pecado capital, lhe deixo assim
Não aproveita nem conquista, nunca vai ser
A INVEJA
Da história do homem eu faço parte
Desde o início da sua evolução
Em qualquer lugar sempre viverei com arte
Amiga do sofrimento e desilusão
Do ganho ou sucesso que qualquer outro obtém
Nem preciso que seja eu a desfrutar
Procuro reduzir sempre e com desdém
E minha mágoa eu consigo compensar
Meu trabalho, diz a crendice popular
É cobiçar, pôr olho gordo ou mal-olhado
Naquilo que o outro conseguiu conquistar
Eu sou o mal secreto, pecado capital
Muitos indivíduos comigo convivem
Mas poucos admitem. Isso é natural.
A SOBERBA
Se vive na certeza que é o máximo
Um símbolo de valor e importância
Nem admite ser comparar ao próximo
Esbanja orgulho, altivez e arrogância
Se você não admite a humildade
Venera a sua própria existência
Sem se conscientizar da realidade
Pensa que é centro e circunferência
Por mim, mais alguns vícios virão
Pois o pecado que a você domina
É, também, hipocrisia e ambição
De inocente sempre passo ilusão
Porém, da pessoa que contamino
Sou ainda seu algoz e perdição
A GULA
Assim como uma mulher linda de morrer
E de corpo escultural, sou bem desejada
Bela e harmoniosa pra você querer
E nunca pensar em me abandonar por nada
O que seus olhos vêem eu lhe faço querer
Muito mais do que necessita possuir
feito saco de vaidades você vai encher
E com voracidade mais vai consumir
Não admite que perdão você não merece
Para tudo que deseja, embora em excesso
E continua a obter o que apetece
Sou pecado capital, trabalho discreta
Transformado por impulso alheio à razão
Escravo do querer você será, na certa
A LUXÚRIA
Vivo para satisfazer uma paixão
Com a impulsividade desenfreada
para buscar a almejada satisfação
Que será, prazerosamente, conquistada
Procurando fugir do convencional
Desfruto do doce poder de dominar
Sou excêntrica, libertina e sensual
Pervertida é como eu sei de atuar
Desvirtuar o homem é o meu ofício
Paixão, amor, exacerbação de desejos
Sou a fuga do amor em compulsão, um vício
Pecado capital, falta de harmonia
Prazer que desordenadamente alucina
Sentimento intenso, mas pura fantasia
A IRA
Nascida de desgosto e desilusão
Permaneço no seu íntimo escondido
Posso causar sofrimento e aflição
Provocar a explosão do afeto contido
Eu sou o impulso que permite atacar
Paixão que incita agir contra alguém
Desejo descontrolado de se vingar
Ódio e raiva são forças que me mantém
Quem comigo vive muita intimidade
Deixa de controlar com rigor os impulsos
E sempre vai perder a racionalidade
Corrosiva e destrutiva emoção
Propulsora freqüente de más decisões
Firo sujeito e objeto da ação
A AVAREZA
O pecado sempre se opõe à virtude
Numa intricada trama inconsciente
Com habilidade a pessoa ilude
Agindo sempre de maneira diferente
Desordenado afã de ter e ter mais
Juntar incontrolavelmente para ser
E reter sem querer se desprender jamais
Como se para sempre pudesse viver
Quem comigo passa a vida a flertar
De pão-duro e de mesquinho é chamado
Pois nem consigo se atreve a gastar
Sofrendo a patologia do reter
Passará consumido por medos e culpas
Num poço de insegurança a viver
Fontes:
Recanto das Letras
Indicação do poeta por Carlos Leite Ribeiro (Portal CEN)
Imagem = http://www.tuct.com.br
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