sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Olivaldo Júnior (Três Microcontos sobre a Empatia)


DEPOIS DAS AULAS

Aninha e João eram duas crianças que sempre voltavam para casa juntos depois das aulas. Amigos desde o Jardim da Infância, estavam no 3º Ano do Ensino Fundamental.

Um dia, João ficou doente e não pôde mais voltar da escola com sua fiel escudeira, a Aninha. Chorosa, Aninha também ficou doente e deixou de ir às aulas, tal e qual João.

No hospital mais próximo, numa manhã ensolarada de outubro, entre um e outro médico, sob o olhar dos enfermeiros e doentes de plantão, Aninha e João se uniram novamente.
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A HORA DO ALMOÇO

Carlos e André dividiam a mesma função no escritório da firma. Auxiliares Administrativos, tratavam de partilhar a hora do almoço, para falarem sobre o serviço.

Cargos de confiança, um dia Carlos foi chamado à sala do chefe, que, lá de dentro, antes mesmo de Carlos entrar, já esbravejava como um louco. Pálido, André o ouvia de fora.

Depois de muito berrar, vendo que a hora do almoço se aproximava, o chefe deixou que Carlos saísse da sala. André, ao vê-lo, sem dizer nada, achegou-se dele com a marmita.
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O NOIVO DA NOITE

Juninho era um jovem comum, sem nada que o fizesse se destacar. Porém, quando a noite caía, com lua ou sem lua, saía para a rua e contemplava a réstia de estrelas a sós.

Poeta por opção (ou por aflição), via na noite a noiva perfeita para os ais de seu peito de poeta, o que procura o amor onde o amor nunca estará, nem mesmo por um só minuto.

A noite, ao vê-lo passar, capricha no céu estrelado, pois sabe que ele vai descrever o céu que ele oculta no fundo de si, onde a luz é mais lúcida que a da lua e de sua bela noiva.

Fonte:
Textos enviados pelo autor.

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