Andava apressada na calçada
Queria chegar à lida
Loucura do dia-a-dia
Sem ouvir a árvore que ao som do vento ria.
Sem ouvir dos pássaros o arrulho certo.
Nenhuma pessoa humana por perto,
Só as outras pessoas,
Que eu fingia não ver.
Porque estava com pressa de trabalhar
até enlouquecer.
Três bem-te-vis na calçada
Tomavam sol na manhã fria
Com aquela conversa de amigos,
Aqueles que aproveitam o dia.
Até chegar a gigante que atrapalhou
Um voou para lá,
Outro para cima voou,
E o terceiro gritou
Em alto e bom tom
– Estou saindo porque é bom,
Para que você não me pise,
Mas não saio feliz
Por você se achar a dona da rua e da calçada
E atrapalhar a mim e meu camarada.
– BEM-TE-VI
Sua gigante humana irritante.
Ouvi a conversa e pedi desculpa,
Mas tarde se fez
Levei muita bronca na vida
Mas de Bem-te-vi foi a primeira vez.
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Três bem-te-vis na calçada
Tomavam sol na manhã fria
Com aquela conversa de amigos,
Aqueles que aproveitam o dia.
Até chegar a gigante que atrapalhou
Um voou para lá,
Outro para cima voou,
E o terceiro gritou
Em alto e bom tom
– Estou saindo porque é bom,
Para que você não me pise,
Mas não saio feliz
Por você se achar a dona da rua e da calçada
E atrapalhar a mim e meu camarada.
– BEM-TE-VI
Sua gigante humana irritante.
Ouvi a conversa e pedi desculpa,
Mas tarde se fez
Levei muita bronca na vida
Mas de Bem-te-vi foi a primeira vez.
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Alba Krishna Topan Feldman é natural de Ubiratã/PR, radicada em Maringá. Professora de Língua e Literaturas de Língua Inglesa e Coordenadora do Departamento de Letras Modernas da Universidade Estadual de Maringá, formada em letras na Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão. mestrado na Universidade Estadual de Maringá, doutorado em letras na UNESP, de São José do Rio Preto e Louisville University (EUA), pós doutora na Universidade Estadual de Londrina e na Simon Fraser University (Toronto/Canadá), poetisa, escritora e trovadora, foi uma das fundadoras da ALIUBI, membro da Ordem Nacional dos Escritores.
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