1) Use o modelo da “jornada do herói” para contar a história.
A jornada do herói é uma ferramenta muito comum na literatura e nos roteiros. Nela, o personagem principal passa por um turbilhão emocional na trama: ele começa com a vida normal e confortável, mas algo ou alguém o tira da zona de conforto. Ao longo do enredo, ele chega ao fundo do poço, mas acaba se redimindo e salvando o dia.
Passe pelas 12 etapas da jornada com o protagonista.
1. Mundo Comum
Aqui vemos o homem que se tornará o herói em seu ambiente normal, onde há um problema implorando por solução.
2. O Chamado da Aventura
Algo muda tão drasticamente que chama o herói à ação. Ele sente a necessidade de tornar-se algo mais do que um homem comum.
3. Reticência do Herói ou Recusa do Chamado
O herói não quer ser um herói, não quer a responsabilidade, ele tem medo do que está por vir.
4. Encontro com o mentor ou Ajuda Sobrenatural
O herói encontra alguém para ajudá-lo em sua transformação de homem comum a herói. Ele é seu mentor, o homem sábio que ensina mais ao homem sobre si mesmo do que ele jamais soube.
5. Cruzamento do Primeiro Portal
O herói aceita que ele deve deixar seu mundo comum para trás, que ele deve entrar em um novo mundo e tornar-se um novo ser.
6. Provações, aliados e inimigos ou A Barriga da Baleia
O herói agora está a sua altura, lutando com seus inimigos, sendo testado fisicamente, emocionalmente e espiritualmente.
7. Aproximação
O herói ainda é um soldado e luta por seus princípios. Ele reúne aliados e se prepara para a batalha final, a batalha que vai mudar tudo. O herói descobre que não pode salvar o mundo sozinho.
8. Provação difícil ou traumática
O meio da história se dá quando o herói deve enfrentar seu maior medo, muitas vezes a morte, e aprender que da morte surge uma nova vida.
9. Recompensa
O herói, tendo enfrentado a morte, tornou-se mais do que apenas um homem, ele é capaz de lutar contra o mal como nunca antes e é recompensado, muitas vezes, por divinização. (o elixir).
10. O Caminho de Volta
Tendo alcançado seu objetivo, o de ter salvo o seu povo, o herói não vê necessidade de voltar à vida normal e à dor. Mas algo está ameaçando a recompensa que o herói recebeu. Algo ameaça tomar de volta tudo o que criou a paz, normalmente uma força maior do que se pode esperar.
As necessidades do herói o ajudam a voltar para casa. Ele precisa encontrar seu caminho de volta. Muitas vezes, uma cena de perseguição está envolvida.
11. Ressurreição do Herói
O clímax final da história é quando o herói é testado pela última vez, diferente de qualquer outra luta que ele teve antes, que o empurra a seus limites e faz com que ele use todo o conhecimento que ganhou ao longo dos anos. O herói é, finalmente, transformado.
12. Regresso com o Elixir
A jornada do herói está feita, ele pode, finalmente, viver feliz sabendo que o mundo está seguro. Ele volta para casa com o “elixir”, e o usa para ajudar todos no mundo comum.
Leia mais sobre os 12 passos da jornada do herói aqui: https://migreseunegocio.com.br/jornada-do-heroi/.
A jornada do herói não é tão fechada e rígida, mas ajuda a guiar a escrita de autores inexperientes.
A jornada também ajuda na escrita de obras mais longas, como romances ou roteiros.
2) Monte a estrutura do enredo para saber o que escrever.
Comece com um resumo da história em um parágrafo, usando cada frase para explicar as partes mais importantes da trama. Depois, detalhe cada uma dessas frases para pensar em mais informações relevantes para a obra.
3) Escreva na primeira ou na terceira pessoa.
Determine se você quer escrever do ponto de vida do personagem ou que o leitor tenha várias perspectivas diferentes. Se escolher a primeira pessoa (frases que comecem com “Eu”), lembre-se de que vai ficar restrito à forma de o personagem principal pensar e ver as coisas. Na terceira (“Eles”), há um narrador que conta a história.
O ponto de vista na terceira pessoa permite ao autor usar um narrador, mas o leitor só tem acesso aos pensamentos e sentimentos do protagonista.
O ponto de vista na terceira pessoa onisciente também usa um narrador, mas o autor pode alternar entre os personagens da história. Embora seja possível usar a segunda pessoa (“Tu” ou “Você”), na qual o leitor é o protagonista, essa estratégia não é tão comum.
4) Escolha um tom ideal para o texto.
A voz do autor é que torna o texto único e o diferencia de tantos outros parecidos. Use as suas experiências e linguagem próprias para dar forma à história e tornar a leitura mais interessante. Isso tudo depende do ponto de vista usado.
Veja alguns exemplos de tons: sarcástico, entusiasmado, indiferente, misterioso, amargo, sombrio, áspero, arrogante, pessimista etc.
O tom também pode ser formal ou informal. Dá para adaptar esse tom de acordo com o ponto de vista do texto. Por exemplo: você pode usar mais gírias e expressões informais se escrever na primeira pessoa.
5) Escreva diálogos convincentes.
Leve em consideração a criação, os estudos, a idade e a profissão dos personagens quando eles falarem. Não use os diálogos de forma inverossímil.
Torne cada personagem diferente na hora de falar, ou o leitor não vai conseguir distingui-lo.
Evite os clichês, como “Você está pensando o mesmo que eu?” ou “Eu estou com um mau pressentimento”.
Preste atenção à forma de as pessoas falarem na vida real para ter uma ideia. Se necessário, peça permissão e grave algumas conversas para ter uma base de estudos mais concreta.
6) Dê um ritmo adequado à história.
Divida a trama em três atos: no primeiro, o protagonista embarca na aventura; no segundo, surge o conflito; no terceiro, vem a resolução. Você pode acelerar ou retardar esse ritmo com capítulos mais longos ou curtos, detalhes e subtramas.
Use expressões detalhadas, mas não exagere nas explicações (para não entediar o leitor).
Varie no comprimento das frases dos diálogos. É mais fácil ler frases curtas. As mais longas, como esta, só deixam a leitura mais lenta e afetam a assimilação do enredo.
7) Escreva até sentir que a história está completa.
Os livros de ficção científica costumam ter cerca de 100 mil palavras, mas isso não é uma regra. Determine se você tratou de todos os pontos importantes e de forma detalhada. Se sim, pronto!
Peça para as pessoas lerem o seu texto e darem opiniões sobre a sua escrita. Elas podem notar algumas coisas que passaram despercebidas por você.
8) Revise a primeira versão depois de lê-la com atenção.
Dê um tempo de algumas semanas ou até um mês do texto para espairecer. Depois, crie um novo documento no processador de textos e anote o que você ou as outras pessoas pensaram durante a leitura — e que precisa ser alterado.
Faça várias revisões até sentir que terminou a história.
Busque um editor ou copywriter que possa editar e revisar o seu texto.
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DICAS
Depois de terminar, você pode publicar a história independentemente ou enviá-la a editoras profissionais.
Não tenha medo de escrever coisas que podem nunca acontecer. A ciência é a base do texto, mas a ficção também é importante.
AVISOS
Não copie as ideias de outros autores diretamente. Sempre faça algumas alterações e adaptações.
Não desista de escrever a história só por causa de um bloqueio criativo. Tenha paciência.
Referências
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Fonte: Wikihow
https://pt.wikihow.com/Escrever-Fic%C3%A7%C3%A3o-Cient%C3%ADfica#Refer.C3.AAncias
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