Canção do Talvez
Talvez sonhe demais
Ria demais
Peça demais
Ame demais
Talvez...
Viva de olhos fechados
Vá de encontro aos espinhos,
Nas rosas cravados
Talvez sangre demasiado.
Talvez...
Viva para sonhar
Por ter medo de acordar e,
Abrir os olhos e ver
Que não há primavera ou verão
Só o inverno nesse teu coração.
Talvez...
Ame demais,
Ria demais,
Espere demais...
Talvez estejas cansado
De todos os meus ais
De todo o meu medo
De todos os meus vendavais
Talvez...
Talvez eu me canse de ser assim
E me torne como me queres
Um espelho de ti dentro de mim....
Talvez...
Desista de te dar o meu perdão
E que me canse de procurar justificação
Por não seres alguém,
Que sonha demais,
Ama demais,
Mas espera demais.
=============
Jardim do meu velho Castelo
Não há flores novas no meu velho jardim,
Só as heras espalhadas pelas paredes
Das antigas muralhas do meu castelo
Borboletas, já nem as conheço
Não param aqui neste lugar morto
Cofre do que esqueço
Lugar onde escondo o que desconheço
Espinhos foram rosas
Lembranças, sonhos
Suspiros do vento, sorrisos
Palavras soltas, belos poemas...
Já não há vida neste canto,
Apenas o sopro do desencanto
Já não crescem flores no meu jardim, onde,
A terra afunda ao mais leve toque
O verde se esconde por detrás das sombras
Das imponentes eras que,
Foram tempo de indomáveis feras,
Brilhantes cavaleiros, belas princesas,
E grandes herois do derradeiro...
Não crescem flores novas no meu jardim...
O sol já não brilha como antes, aqui...
Só a lua desperta os antigos cantares
Das velhas vozes dos apaixonados
Que uivam de dor, esquecidos neste lugar perdido...
Só os velhos contadores de histórias sabem,
Deixar-se enganar pelos sentidos,
E ver aqui, aquele velho jardim...
Onde flores cobriam a terra de mil diferentes cores
Os pássaros cantavam para fazer sorrir o vento
Linhas soltas de belos poemas,
Cantados pelas princesas e heróis que,
Caminhavam descalços sobre a terra,
Em direcção ao por do sol, a caminho da lua...
Já não crescem flores aqui,
Restam-me os contadores de histórias
Que avivam com as suas palavras sábias
As velhas memórias do que já foi,
O mais belo jardim do meu velho castelo...
=================
Larga-me da mão
Larga-me a mão
Deixa-me livre para voar
Deixa-me perder
Para me voltar a encontrar.
Larga-me,
Solta-me os pés
Deixa-me partir,
Sabes que volto para ti outra vez.
Ferida da batalha
Tu curas-me o corpo e a alma
Eu agradeço e acabo por ficar,
Acabo sempre contigo no final.
Larga-me a mão
Deixa-me ir, então
Porque se não partir
Não terás nada para curar
E eu não terei razões para ficar.
==================
Marioneta
Neste pedaço de chão
De terra sem dono
Somos só pequenas,
Frágeis, indefesas
Trôpegas marionetas.
Pedaços de madeira viva
Por seiva molhada, corrida
Personagens por detrás da cortina
De uma continua peça teatral
De assistência divina.
Eu...
Eu, sou um pedaço de pau.
Quem sabe já fui parte de uma velha nau
Das que partiram procurando, em segredo
Um novo mundo, um novo porto,
Vencendo as teias do eterno medo.
Agora sou só um pedaço de pau
A tremer por detrás de um pano vermelho
Ansiosa por entrar em cena
De uma peça, num teatro velho.
Onde a atriz é pequena
Feita de madeira, sempre serena ,
E presa por fios de corda torcida,
Vive o teatro a que chama vida
==========================
Talvez sonhe demais
Ria demais
Peça demais
Ame demais
Talvez...
Viva de olhos fechados
Vá de encontro aos espinhos,
Nas rosas cravados
Talvez sangre demasiado.
Talvez...
Viva para sonhar
Por ter medo de acordar e,
Abrir os olhos e ver
Que não há primavera ou verão
Só o inverno nesse teu coração.
Talvez...
Ame demais,
Ria demais,
Espere demais...
Talvez estejas cansado
De todos os meus ais
De todo o meu medo
De todos os meus vendavais
Talvez...
Talvez eu me canse de ser assim
E me torne como me queres
Um espelho de ti dentro de mim....
Talvez...
Desista de te dar o meu perdão
E que me canse de procurar justificação
Por não seres alguém,
Que sonha demais,
Ama demais,
Mas espera demais.
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Jardim do meu velho Castelo
Não há flores novas no meu velho jardim,
Só as heras espalhadas pelas paredes
Das antigas muralhas do meu castelo
Borboletas, já nem as conheço
Não param aqui neste lugar morto
Cofre do que esqueço
Lugar onde escondo o que desconheço
Espinhos foram rosas
Lembranças, sonhos
Suspiros do vento, sorrisos
Palavras soltas, belos poemas...
Já não há vida neste canto,
Apenas o sopro do desencanto
Já não crescem flores no meu jardim, onde,
A terra afunda ao mais leve toque
O verde se esconde por detrás das sombras
Das imponentes eras que,
Foram tempo de indomáveis feras,
Brilhantes cavaleiros, belas princesas,
E grandes herois do derradeiro...
Não crescem flores novas no meu jardim...
O sol já não brilha como antes, aqui...
Só a lua desperta os antigos cantares
Das velhas vozes dos apaixonados
Que uivam de dor, esquecidos neste lugar perdido...
Só os velhos contadores de histórias sabem,
Deixar-se enganar pelos sentidos,
E ver aqui, aquele velho jardim...
Onde flores cobriam a terra de mil diferentes cores
Os pássaros cantavam para fazer sorrir o vento
Linhas soltas de belos poemas,
Cantados pelas princesas e heróis que,
Caminhavam descalços sobre a terra,
Em direcção ao por do sol, a caminho da lua...
Já não crescem flores aqui,
Restam-me os contadores de histórias
Que avivam com as suas palavras sábias
As velhas memórias do que já foi,
O mais belo jardim do meu velho castelo...
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Larga-me da mão
Larga-me a mão
Deixa-me livre para voar
Deixa-me perder
Para me voltar a encontrar.
Larga-me,
Solta-me os pés
Deixa-me partir,
Sabes que volto para ti outra vez.
Ferida da batalha
Tu curas-me o corpo e a alma
Eu agradeço e acabo por ficar,
Acabo sempre contigo no final.
Larga-me a mão
Deixa-me ir, então
Porque se não partir
Não terás nada para curar
E eu não terei razões para ficar.
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Marioneta
Neste pedaço de chão
De terra sem dono
Somos só pequenas,
Frágeis, indefesas
Trôpegas marionetas.
Pedaços de madeira viva
Por seiva molhada, corrida
Personagens por detrás da cortina
De uma continua peça teatral
De assistência divina.
Eu...
Eu, sou um pedaço de pau.
Quem sabe já fui parte de uma velha nau
Das que partiram procurando, em segredo
Um novo mundo, um novo porto,
Vencendo as teias do eterno medo.
Agora sou só um pedaço de pau
A tremer por detrás de um pano vermelho
Ansiosa por entrar em cena
De uma peça, num teatro velho.
Onde a atriz é pequena
Feita de madeira, sempre serena ,
E presa por fios de corda torcida,
Vive o teatro a que chama vida
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Sobre a autora, por ela mesma
Chamo-me Ana Lúcia Carvalho, tenho 21 anos e desde há muito que encontro conforto entre as palavras. Sinto-me ainda uma criança perante a vida. Há tanto que não sei, tanto para aprender...
As minhas palavras reflectem isso mesmo; os meus sentimentos e sonhos, o que sou e quem sou.
São elas que me dão as asas que tanto preciso para voar e o dom de pintar realidades que só existem na minha mente... O meu caderno anda comigo onde quer que eu vá e o meu blog, onde escrevo os meus textos, tornou-se como uma especie de espelho, onde aprendi a observar o meu reflexo.
===================
Fonte:
http://www.estudioraposa.com/index.php/category/lugar-aos-outros/
Chamo-me Ana Lúcia Carvalho, tenho 21 anos e desde há muito que encontro conforto entre as palavras. Sinto-me ainda uma criança perante a vida. Há tanto que não sei, tanto para aprender...
As minhas palavras reflectem isso mesmo; os meus sentimentos e sonhos, o que sou e quem sou.
São elas que me dão as asas que tanto preciso para voar e o dom de pintar realidades que só existem na minha mente... O meu caderno anda comigo onde quer que eu vá e o meu blog, onde escrevo os meus textos, tornou-se como uma especie de espelho, onde aprendi a observar o meu reflexo.
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Fonte:
http://www.estudioraposa.com/index.php/category/lugar-aos-outros/
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