A brisa traz, de antemão,
seu perfume pela rua...
e eu chego a ter a impressão,
de que é você que flutua!
A inocência, em teu semblante
num contraste, se desfaz,
por ser a prova flagrante
de que me roubaste... a paz!
A mesma brisa que à noite,
sugere encanto e poesia
pode ser, também, o açoite
dos que não têm moradia.
Amigo é aquele artesão
que, sem receios, lapida -–
com o cinzel do perdão
as pedras brutas... da vida!
A sogra entrega o genrinho
ao faminto canibal:
“Cuida dele com carinho...
mas... vê se tá bom de sal!”
À solidão condenada,
na Praça da Eternidade,
minha súplica é chamada
de Monumento... à Saudade!
Choveu... e agora, a enxurrada
leva as coisas, feito alguém
que, ao partir, numa alvorada,
levou minha alma... também!
Confusão na madrugada,
que o bebum transforma em drama:
atira... na namorada
e leva a sogra pra cama !
Desejo é o jovem arrais
que, em vez das embarcações,
suplica encontrar um cais
para ancorar ilusões!
Em sua breve existência,
não pode a brisa supor
que, trazendo a tua essência
me traz a essência do Amor...
É pescador de primeira...
mas, antes que alguém se queixe,
leva no bolso a carteira
e o fone do disque-peixe!
Essa lágrima que corta
teu semblante, sem favor,
é uma gota, mas comporta
um Oceano... de dor!
Essa ternura que exalas,
e os meus receios acalma,
faz um vôo sem escalas
da tua pele... à minh’alma!
Este teu querer incerto,
imprevisível demais,
fez de minh’alma um deserto,
com chuvas... ocasionais.
É tanta fome que eu sinto
(parece coisa de louco!),
que eu só vou ficar faminto
depois de comer um pouco!
Eu suplico, a todo instante,
por tua volta... é verdade.
Mas, a súplica constante
não é súplica... é Saudade!
Faminto, não vi, querida,
talvez, por eu ser tão moço,
que eras fruta proibida
e a tua mãe... o caroço!
Meu destino não se escreve
à força de um vento forte:
teu olhar é a brisa leve
que determina meu norte!
Não vem me chamar de omisso,
porque a culpa não foi minha:
levei o anzol... o caniço
e só me esqueci... da linha!
No compasso das batidas,
o meu coração suplica,
pelo bem de nossas vidas:
Fica...ca! Fi...ca! Fi...ca! Fi...ca!
No curso de nossas vidas,
por diferentes estradas,
nossas almas, distraídas,
continuam de mãos dadas!
Nos sonhos, minha alma alcança
o infinito... e, se estou só,
volto aos tempos de criança
e aos braços... de minha avó!
No velório, a confusão
quando o genro, num rompante,
chegou com pinga, limão,
cerveja e refrigerante.
Numa foto digital,
teu semblante, em luz e cor,
é saudade virtual,
no microcomputador...
O chão batido,... a porteira...
o teu semblante... e o destino...
são os marcos da fronteira
entre a saudade... e um menino!
Para pescar tubarão,
qual foi a isca que usaste?”
“Um pouco de diversão:
minha sogra... num guindaste!”
Quando o pranto fez morada
no teu semblante grisalho,
trouxe a imagem da geada,
cobrindo as gotas de orvalho.
Receio o destino incerto
de perder-me em teus encantos
e tornar-me um livro aberto,
esquecido.. pelos cantos.
Receio que a solidão,
esta falsa liberdade,
faça do meu coração
um escravo... da saudade.
São de brisa os teus carinhos...
teus beijos são vendavais...
e eu me perco em teus caminhos,
aguardando... os temporais!
Teu receio, que dispensa
meu querer e meu carinho,
é trilha fechada e densa...
mas eu encontro o caminho!
Tô faminto... e não tem bóia!
Eu num guento esse jejum!!!
Fome Zero??? Uma pinóia:
minha fome... é MENOS UM!
Tua alma desperta em mim
tanta calma e tanto ardor,
que, se o amor não for assim,
eu mudo o nome do amor!
Um pescador esquisito,
num gesto desesperado,
se revela, ao dar um grito:
“HOJE EU PESCO... UM NAMORADO!!!”
seu perfume pela rua...
e eu chego a ter a impressão,
de que é você que flutua!
A inocência, em teu semblante
num contraste, se desfaz,
por ser a prova flagrante
de que me roubaste... a paz!
A mesma brisa que à noite,
sugere encanto e poesia
pode ser, também, o açoite
dos que não têm moradia.
Amigo é aquele artesão
que, sem receios, lapida -–
com o cinzel do perdão
as pedras brutas... da vida!
A sogra entrega o genrinho
ao faminto canibal:
“Cuida dele com carinho...
mas... vê se tá bom de sal!”
À solidão condenada,
na Praça da Eternidade,
minha súplica é chamada
de Monumento... à Saudade!
Choveu... e agora, a enxurrada
leva as coisas, feito alguém
que, ao partir, numa alvorada,
levou minha alma... também!
Confusão na madrugada,
que o bebum transforma em drama:
atira... na namorada
e leva a sogra pra cama !
Desejo é o jovem arrais
que, em vez das embarcações,
suplica encontrar um cais
para ancorar ilusões!
Em sua breve existência,
não pode a brisa supor
que, trazendo a tua essência
me traz a essência do Amor...
É pescador de primeira...
mas, antes que alguém se queixe,
leva no bolso a carteira
e o fone do disque-peixe!
Essa lágrima que corta
teu semblante, sem favor,
é uma gota, mas comporta
um Oceano... de dor!
Essa ternura que exalas,
e os meus receios acalma,
faz um vôo sem escalas
da tua pele... à minh’alma!
Este teu querer incerto,
imprevisível demais,
fez de minh’alma um deserto,
com chuvas... ocasionais.
É tanta fome que eu sinto
(parece coisa de louco!),
que eu só vou ficar faminto
depois de comer um pouco!
Eu suplico, a todo instante,
por tua volta... é verdade.
Mas, a súplica constante
não é súplica... é Saudade!
Faminto, não vi, querida,
talvez, por eu ser tão moço,
que eras fruta proibida
e a tua mãe... o caroço!
Meu destino não se escreve
à força de um vento forte:
teu olhar é a brisa leve
que determina meu norte!
Não vem me chamar de omisso,
porque a culpa não foi minha:
levei o anzol... o caniço
e só me esqueci... da linha!
No compasso das batidas,
o meu coração suplica,
pelo bem de nossas vidas:
Fica...ca! Fi...ca! Fi...ca! Fi...ca!
No curso de nossas vidas,
por diferentes estradas,
nossas almas, distraídas,
continuam de mãos dadas!
Nos sonhos, minha alma alcança
o infinito... e, se estou só,
volto aos tempos de criança
e aos braços... de minha avó!
No velório, a confusão
quando o genro, num rompante,
chegou com pinga, limão,
cerveja e refrigerante.
Numa foto digital,
teu semblante, em luz e cor,
é saudade virtual,
no microcomputador...
O chão batido,... a porteira...
o teu semblante... e o destino...
são os marcos da fronteira
entre a saudade... e um menino!
Para pescar tubarão,
qual foi a isca que usaste?”
“Um pouco de diversão:
minha sogra... num guindaste!”
Quando o pranto fez morada
no teu semblante grisalho,
trouxe a imagem da geada,
cobrindo as gotas de orvalho.
Receio o destino incerto
de perder-me em teus encantos
e tornar-me um livro aberto,
esquecido.. pelos cantos.
Receio que a solidão,
esta falsa liberdade,
faça do meu coração
um escravo... da saudade.
São de brisa os teus carinhos...
teus beijos são vendavais...
e eu me perco em teus caminhos,
aguardando... os temporais!
Teu receio, que dispensa
meu querer e meu carinho,
é trilha fechada e densa...
mas eu encontro o caminho!
Tô faminto... e não tem bóia!
Eu num guento esse jejum!!!
Fome Zero??? Uma pinóia:
minha fome... é MENOS UM!
Tua alma desperta em mim
tanta calma e tanto ardor,
que, se o amor não for assim,
eu mudo o nome do amor!
Um pescador esquisito,
num gesto desesperado,
se revela, ao dar um grito:
“HOJE EU PESCO... UM NAMORADO!!!”
Um comentário:
Feldman!
Só agora encontrei essa homenagem! Obrigado pela divulgação, pelo amor à literatura e por seu trabalho incansável pela divulgação de nossas obras!
Sérgio Ferreira da Silva
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