sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Daniel Maurício (Poemas Avulsos) IV


A lua minguante
Se energiza distante
Deitada no céu.
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Pra ela
Que era acostumada a plantar sonhos,
Cultivar meus carinhos
Foi algo bem fácil.
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Te visito todos os dias
Mesmo tendo que percorrer um longo caminho.
Que pena que pensas que sou um sonho,
E não percebes
Que sou eu que te acordo sorrindo.
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Enquanto a chuva caía
Muito me doía
Ao ver teus rastros
Se apagando na areia.
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Ao som da sineta
Desviei meu pensamento
Da dura linha do tempo.
Eu todo templo
Varrido de emoções,
No silêncio,
Sem relutar
Deixei vibrar o peito.
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No fundo dos meus olhos
Escondi aquele amor
Que com o tempo descorou.
Resgatando a identidade
Reforço o sorriso com a maquiagem
Encontrando-se comigo
Novamente eu estou.
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O amor dela era tão quente
Que até minh'alma se despia.
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A tua chegada é tão sublime
Que pouco me importa
As razões da partida
Com a mesma saudade de ontem
Te espero ansioso, minha querida!
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No banco vazio
Meus olhos enxergam saudades.
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Quando te entreguei meu coração
Era pra que tu morasses dentro
E não pra que levasses no adeus
Me deixando um vazio imenso.
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Pra te guardar
Como uma memória perfumada
Eu fechava os olhos
Mas abria o coração.
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Pra nos separar
Criaram um abismo entre nós
Só não sabiam eles
Que sendo almas gêmeas
Nosso amor era algo maior.
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E ela amava flores.
Por isso,
Todos os dias,
Eu me plantava em seu jardim.
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Pra tudo há um tempo.
Logo,
A vida é um eterno esperar.
Por ti,
Meus olhos ardem vigilantes
Chamas de velas vacilantes
Mas que não se apagam
Ao vento passar.
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Meu amor por ti
Era algo escancarado
Querendo ser achado
Deixei cair marcas no chão
Mas tu as desprezastes
Pois simplesmente achastes
Que eram apenas
Pequenas migalhas de pão.
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Embrulhadinha pra presente
Minha poesia diariamente
Ofereço ao teu coração
São gotinhas de homeopatia
Para alegrar teu dia
Ou despertar alguma emoção.
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Homenagem aos 196 anos de Jaguariaíva/PR

Minha Terra tem cachoeiras
Abundância de água há
Mas meus olhos se banham em lágrimas
De saudades que tenho de lá.
O cerrado se veste de flores
E os pássaros dão cor ao céu, ao voar.
Meu amor por ti é tão grande
Que só ao amor de mãe
Pode-se comparar.
Teus filhos repetem de longe:
Salve, salve, terra querida!
Jaguariaíva, Paraná.

Fonte:
Facebook da AVIPAF

Um comentário:

Madahh disse...

Parabéns!! Poemas lindos! Boas escolhas!! Valorizar os nossos talentos é uma iniciativa maravilhosa! Um grande abraço