O livro é uma história mística contada por Herman Hesse, membro de uma confraria secreta que empreende uma viagem rumo ao Oriente com seus outros membros, que incluem filósofos, músicos, artistas. Mas para fazer parte da confraria é preciso ter um objetivo pessoal.
Viagem ao Oriente é na verdade uma viagem para dentro de si mesmo. Daquelas que todos nós ansiamos: o voltar para a 'casa', uma viagem puramente simbólica.
No caminho para o Oriente um membro do grupo, Leo, desaparece junto com algo muito importante, causando mal estar, dúvidas e discussões. O resultado é a fragmentação do grupo. E assim, Hesse se vê fora da Confraria, o qual julgara ter chegado ao fim. Mas algo permanece inquieto dentro do personagem e ele inicia uma empreitada de encontrar Leo e saber o que aconteceu de fato. É como se isso fizesse parte da sua história e o ajudasse a encontrar algo que ele mesmo também julgou perdido na vida dele.
Hesse encontra Leo e descobre que na verdade ele nunca deixou a Confraria, e sim o inverso. Assim ele será julgado por toda a comissão pelo seu abandono. Uma história emocionante, que reflete muita das nossas tentativas de reconstrução individual e na busca que empreendemos para conhecermos a nós mesmos. E geralmente aquilo que julgamos perdidos na verdade foi por nós negado, deixado de lado. E assim passamos um tempo procurando o que nós mesmos escondemos.
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