VELHICE ADOLESCENTE
MOTE:
Fim da estrada... e de repente
um colóquio de meiguice,
faz do amor adolescente
a ternura da velhice!
Almerinda Liporage
Rio de Janeiro/RJ
GLOSA:
Fim da estrada... e de repente
certo jovem se aproxima,
é um alguém tão diferente
que minha alma, então, fascina.
As palavras vão surgindo...
Um colóquio de meiguice,
cheio de um carinho lindo,
tem ares de garotice!
O amor me deixa contente...
apesar da meia idade...
faz do amor adolescente
a minha realidade!
Esse amor, já no meu fim,
mais parece peraltice,
mas faz vibrar dentro em mim,
a ternura da velhice!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
QUE IMPORTA?
MOTE:
Que importa a nós dois o mundo
que importa o lugar que vamos...
Nosso amor é tão profundo
que só de nós precisamos!
Amália Max
Ponta Grossa/PR, 1929 – 2014
GLOSA:
Que importa a nós dois o mundo
se temos o nosso, aparte?
se nos amamos a fundo?
se nós vivemos com arte?
Não interessa o caminho...
que importa o lugar que vamos...
se vivemos com carinho,
se nós dois, só, nos bastamos?
Fazemos nosso segundo,
durar uma eternidade...
nosso amor é tão profundo
feito de sinceridade!
Seguimos juntos... mãos dadas...
temos tudo o que sonhamos:
almas tão enamoradas,
que só de nós precisamos!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
SUPREMA POESIA
MOTE:
Nada existe de mais belo,
que ver (suprema poesia)
o sol pintar de amarelo
as portas cinzas do dia!
Antonio Juraci Siqueira
Belém/PA
GLOSA:
Nada existe de mais belo,
nada com maior beleza,
nada mais rico e singelo,
do que o sol, na natureza!
Nada melhor neste mundo,
que ver (suprema poesia)
o sol caindo, profundo
nos mares da fantasia!
Não existe paralelo
para essa tela imortal:
O sol pintar de amarelo
esse horizonte sensual!
Nesse amarelo dourado
em linda monocromia,
colore, de amor, tomado
as portas cinzas do dia!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
EU SABIA SONHAR...
MOTE:
O adeus... O beijo gostoso...
A esperança de voltar...
– Meu Deus, que tempo gostoso,
em que eu sabia sonhar!
Carolina Ramos
Santos/SP
GLOSA:
O adeus... O beijo gostoso...
nós dois... o hoje... o amanhã...
o nosso sonho ardoroso,
a cada nova manhã!
Depois do adeus, a esperança,
a esperança de voltar...
Como é doce essa lembrança!
Como é doce recordar!
Nosso colóquio amoroso,
era tão lindo e tão puro...
– Meu Deus, que tempo gostoso,
que ao lembrar me transfiguro!
Era um tempo de alegria,
um tempo só para amar...
Um tempo de fantasia
em que eu sabia sonhar!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
MOÇO... VELHO... ESPELHO...
MOTE:
O espelho não me enganou,
sem disfarce, esse sou eu:
Um moço que não sonhou,
um velho, que não viveu!
Zaé Júnior
Botucatu/SP, 1929 – 2020, São Paulo/SP
GLOSA:
O espelho não me enganou,
me mostrou, sem falsidade,
exatamente o que eu sou:
a minha realidade!
Fiquei surpreso, indeciso...
Sem disfarce, esse sou eu:
de coragem eu preciso
pra ver o reflexo meu!
Vejo alguém que nunca amou,
que não soube ser feliz...
Um moço que não sonhou,
que nunca fez o que quis!
O tempo passou voando,
e a juventude morreu...
Meu espelho vai mostrando,
um velho, que não viveu!
MOTE:
Fim da estrada... e de repente
um colóquio de meiguice,
faz do amor adolescente
a ternura da velhice!
Almerinda Liporage
Rio de Janeiro/RJ
GLOSA:
Fim da estrada... e de repente
certo jovem se aproxima,
é um alguém tão diferente
que minha alma, então, fascina.
As palavras vão surgindo...
Um colóquio de meiguice,
cheio de um carinho lindo,
tem ares de garotice!
O amor me deixa contente...
apesar da meia idade...
faz do amor adolescente
a minha realidade!
Esse amor, já no meu fim,
mais parece peraltice,
mas faz vibrar dentro em mim,
a ternura da velhice!
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QUE IMPORTA?
MOTE:
Que importa a nós dois o mundo
que importa o lugar que vamos...
Nosso amor é tão profundo
que só de nós precisamos!
Amália Max
Ponta Grossa/PR, 1929 – 2014
GLOSA:
Que importa a nós dois o mundo
se temos o nosso, aparte?
se nos amamos a fundo?
se nós vivemos com arte?
Não interessa o caminho...
que importa o lugar que vamos...
se vivemos com carinho,
se nós dois, só, nos bastamos?
Fazemos nosso segundo,
durar uma eternidade...
nosso amor é tão profundo
feito de sinceridade!
Seguimos juntos... mãos dadas...
temos tudo o que sonhamos:
almas tão enamoradas,
que só de nós precisamos!
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SUPREMA POESIA
MOTE:
Nada existe de mais belo,
que ver (suprema poesia)
o sol pintar de amarelo
as portas cinzas do dia!
Antonio Juraci Siqueira
Belém/PA
GLOSA:
Nada existe de mais belo,
nada com maior beleza,
nada mais rico e singelo,
do que o sol, na natureza!
Nada melhor neste mundo,
que ver (suprema poesia)
o sol caindo, profundo
nos mares da fantasia!
Não existe paralelo
para essa tela imortal:
O sol pintar de amarelo
esse horizonte sensual!
Nesse amarelo dourado
em linda monocromia,
colore, de amor, tomado
as portas cinzas do dia!
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EU SABIA SONHAR...
MOTE:
O adeus... O beijo gostoso...
A esperança de voltar...
– Meu Deus, que tempo gostoso,
em que eu sabia sonhar!
Carolina Ramos
Santos/SP
GLOSA:
O adeus... O beijo gostoso...
nós dois... o hoje... o amanhã...
o nosso sonho ardoroso,
a cada nova manhã!
Depois do adeus, a esperança,
a esperança de voltar...
Como é doce essa lembrança!
Como é doce recordar!
Nosso colóquio amoroso,
era tão lindo e tão puro...
– Meu Deus, que tempo gostoso,
que ao lembrar me transfiguro!
Era um tempo de alegria,
um tempo só para amar...
Um tempo de fantasia
em que eu sabia sonhar!
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MOÇO... VELHO... ESPELHO...
MOTE:
O espelho não me enganou,
sem disfarce, esse sou eu:
Um moço que não sonhou,
um velho, que não viveu!
Zaé Júnior
Botucatu/SP, 1929 – 2020, São Paulo/SP
GLOSA:
O espelho não me enganou,
me mostrou, sem falsidade,
exatamente o que eu sou:
a minha realidade!
Fiquei surpreso, indeciso...
Sem disfarce, esse sou eu:
de coragem eu preciso
pra ver o reflexo meu!
Vejo alguém que nunca amou,
que não soube ser feliz...
Um moço que não sonhou,
que nunca fez o que quis!
O tempo passou voando,
e a juventude morreu...
Meu espelho vai mostrando,
um velho, que não viveu!
Fonte:
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas VII. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. Maio 2003.
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas VII. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. Maio 2003.
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