sexta-feira, 29 de março de 2024

Recordando Velhas Canções (Chove chuva)


(samba, 1963) 
Jorge Ben Jor

Chove chuva, 
chove sem parar,
chove chuva, 
chove sem parar
Pois eu vou fazer uma prece 
pra Deus nosso senhor,
Pra chuva parar de molhar 
o meu divino amor
Que é muito lindo, 
é mais que o infinito,
é puro e belo inocente como a flor

Por favor chuva ruim, 
não molhe mais 
o meu amor assim
Por  favor chuva ruim, 
não molhe mais 
o meu amor assim
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 
A Prece Amorosa de Jorge Ben Jor em 'Chove Chuva'

A canção 'Chove Chuva', composta e interpretada por Jorge Ben Jor, é um clássico da música brasileira que mistura elementos do samba com influências do jazz e do soul, criando um estilo único que se tornou marca registrada do artista. A letra da música expressa um desejo simples, mas profundo: a vontade de que a chuva pare de cair para que o amor do eu lírico não seja afetado.

A chuva, neste contexto, pode ser interpretada tanto literalmente quanto metaforicamente. Literalmente, a chuva é um fenômeno natural que pode trazer desconforto e impedir encontros. Metaforicamente, a chuva pode representar as adversidades e desafios que caem sobre um relacionamento, ameaçando a pureza e a beleza do amor descrito como 'mais que o infinito' e 'inocente como a flor'. A prece a Deus para que a chuva cesse reflete a esperança de superar essas dificuldades e proteger algo valioso e delicado.

Além disso, a música incorpora elementos da cultura afro-brasileira, como é evidente na parte que cita palavras como 'sacundim', 'sacundém', 'imboró', 'congá', 'dombim', 'dombém', 'agouê' e 'obá'. Essas expressões remetem a rituais e cantos de origem africana, trazendo uma dimensão espiritual e cultural à canção, e reforçando a ideia de uma prece ou invocação para que a chuva pare e o amor seja preservado.

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