quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Paulo V. Pinheiro (Se…)


Um céu azul, pintado
Uma bola, arredondada
Um livro marcado
Uma aula encabulada – isto mesmo (encabulada)

Um homem nu
Aquele que cegamente lê
Um que não fará falta
Você

É assim que te querem
Um nada que vota
E como gado te tratam
Cidadão

Aprendemos a viver com o mínimo e até isso nos tiram
A democracia, ela se perdeu? tu a conheces?
Conceitos e palavras, mada mais, e só
Porém ainda temos algo desta fantasia

Se subversivo é o que subverte
Venha verter teu conteúdo no que dá esperança
Surpreenda aqueles que não querem te ver
Pelo menos não te ocultes no silêncio

A super mídia, os meios culturais de massa não esperam que penses
Aguardam o teu consumo e assim te consomem e a mim e a tudo
Um carioca não deve ocultar os seus erres ou seus erros
Assim um paulistano com sua fala de canto se comunica
Não te ocultes caipira com teus desafinos ancestrais
Não te esqueças de tua poesia nordestina, nordestino

Chamemos mídia corporativa tudo que massifica
Até cultura de massa pode ser melhor
Porém quem dá o baile dita o tom
Nos cuidemos de quem dá o baile

Quem ama a poesia, a arte, não devemos esperar prêmios
Somos marginais (não te ofendas com isso – não é pessoal)

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