sábado, 7 de julho de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 600)


Uma Trova do Ademar



Uma Trova Nacional  

Conhaque no aperitivo,
conhaque na sobremesa...
- É assim que o velhinho, ativo,
mantém a velinha acesa!
–A. A. de Assis/PR– 

Uma Trova Potiguar  

Certas coisas eu renego, 
como esta, aqui, de que trato: 
dizer-se que o amor é cego. 
Pode ser. Mas tem um tato! 
–J. Revoredo Neto/RN– 

Uma Trova Premiada  

À pergunta: - Qual andar?
Responde o pinguço, a esmo:
- Onde quiser me levar;
já errei de prédio mesmo! 
–Therezinha Brisolla/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Vende-se loira estupenda... 
bonita, nova, um amor! 
Quanto ao motivo da venda... 
explica-se ao comprador. 
–Nelson da Luz/PR– 

U m a    P o e s i a  

Já vi bebum vomitando, 
tira-gosto “véi” azedo, 
já vi vomitar, sem medo, 
a mulher prenha enjoando. 
Já vi cachorro “lançando” 
um gabiru que comeu. 
Vi diabético amigo meu, 
vomitando rapadura... 
Mas nunca vi sepultura 
vomitando quem morreu! 
–Francisco Macedo/RN– 

Soneto do Dia  

FOI DELE A SORTE. 
–Dorothy Jansson Moretti/SP– 

Genoveva, uma negra solteirona, 
quase banguela e bem desengonçada, 
apesar de feiosa e cinquentona... 
de repente a notícia: Está casada! 

E o noivo?! Um ruivascão bem apanhado, 
uns vinte anos mais moço, com certeza... 
Fato esquisito e tão disparatado 
causa na vila uma enorme estranheza. 

Diz à negra um compadre malicioso: 
“Poxa, Nha Véva, que eu já tô curioso; 
mecê achou um rapagão tão alinhado...” 

E ela, vaidosa, arreganhando um dente: 
“Pois é... tinha um montão de pretendente, 
mas a sorte foi dele... tá premiado!”

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