Na Bíblia, que é o livro mais vendido do mundo, diz Tiago no importante versículo: 1: 19 – 20: Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.
A palavra é um importante dom pertencente ao verbo. Sendo ela também, sem sombra de dúvida, a mais eficaz vacina na prevenção das doenças que afligem a humanidade. Com as bênçãos da palavra bendita, vidas ressuscitam. E através da palavra desabafada, sentimentos destroçados são capazes de se regenerar.
No entanto, poucos possuem tempo para curar as feridas de alguém através de sábios argumentos. Raríssimos são aqueles que, de bom grado, emprestam seus ouvidos para ouvir os desabafos das pessoas que sofrem.
No conto do escritor russo, Anton Tchekhov, o protagonista Iona Potapov, um cocheiro solitário que acabara de perder o filho, tentava desabafar a sua profunda angústia com seus passageiros. Eles, no entanto, confinados em seus próprios interesses, não permitiam que o pobre Iona esboçasse muito além dessas palavras: “MEU FILHO MORREU”. Os passageiros ouviam, sucintamente respondiam ao seu lamento e logo trocavam de assunto ou se calavam.
Certo dia, sentindo–se cansado, o cocheiro vai para casa antes do entardecer. Fazia muito frio. Acendeu a lenha no fogão, vestiu-se e voltou para a cocheira, onde estava o seu cavalo. Iona pensa sobre a aveia, o feno, o tempo… Estando só, não pode pensar no filho… Não pode falar sobre ele com ninguém, e pensar nele sozinho, desenhar mentalmente sua imagem, dava–lhe um medo quase insuportável… O seu pesar era imenso e dava-lhe a impressão de que, se o seu peito estourasse e fluísse para fora aquela angústia, seria inteiramente inundado com sua tristeza.
Está mastigando? – pergunta Iona ao cavalo, vendo seus olhos brilhantes.– Ora, mastiga, mastiga… Se não ganhamos para a aveia, vamos comer feno… Sim… Já estou velho para trabalhar de cocheiro… O filho é que devia trabalhar, não eu… Era um cocheiro de verdade… Só faltou viver mais… Iona permanece algum tempo em silêncio e prossegue: – Assim é, irmã, minha eguinha… Não existe mais Kuzmá Iônitch… Foi-se para o outro mundo… Morreu assim, por nada…
Agora, vamos dizer, você tem um potrinho, que é seu filho. E, de repente, vamos dizer, esse mesmo potrinho vai para o outro mundo… Dá pena, não é verdade? O cavalinho vai mastigando, escuta e sopra na mão de seu amo… Iona anima-se e já que apenas o animal tinha ouvidos para lhe ouvir, conta-lhe tudo…
Caros irmãos, vejam só que triste realidade.
E como irmãos que somos, por que não nos escutamos afim de obtermos uma irmandade mais solidária e feliz?... Chega de darmos ênfase ao egoísmo. É chegada a hora de despertarmos em nós, o dom da empatia.
A palavra é um importante dom pertencente ao verbo. Sendo ela também, sem sombra de dúvida, a mais eficaz vacina na prevenção das doenças que afligem a humanidade. Com as bênçãos da palavra bendita, vidas ressuscitam. E através da palavra desabafada, sentimentos destroçados são capazes de se regenerar.
No entanto, poucos possuem tempo para curar as feridas de alguém através de sábios argumentos. Raríssimos são aqueles que, de bom grado, emprestam seus ouvidos para ouvir os desabafos das pessoas que sofrem.
No conto do escritor russo, Anton Tchekhov, o protagonista Iona Potapov, um cocheiro solitário que acabara de perder o filho, tentava desabafar a sua profunda angústia com seus passageiros. Eles, no entanto, confinados em seus próprios interesses, não permitiam que o pobre Iona esboçasse muito além dessas palavras: “MEU FILHO MORREU”. Os passageiros ouviam, sucintamente respondiam ao seu lamento e logo trocavam de assunto ou se calavam.
Certo dia, sentindo–se cansado, o cocheiro vai para casa antes do entardecer. Fazia muito frio. Acendeu a lenha no fogão, vestiu-se e voltou para a cocheira, onde estava o seu cavalo. Iona pensa sobre a aveia, o feno, o tempo… Estando só, não pode pensar no filho… Não pode falar sobre ele com ninguém, e pensar nele sozinho, desenhar mentalmente sua imagem, dava–lhe um medo quase insuportável… O seu pesar era imenso e dava-lhe a impressão de que, se o seu peito estourasse e fluísse para fora aquela angústia, seria inteiramente inundado com sua tristeza.
Está mastigando? – pergunta Iona ao cavalo, vendo seus olhos brilhantes.– Ora, mastiga, mastiga… Se não ganhamos para a aveia, vamos comer feno… Sim… Já estou velho para trabalhar de cocheiro… O filho é que devia trabalhar, não eu… Era um cocheiro de verdade… Só faltou viver mais… Iona permanece algum tempo em silêncio e prossegue: – Assim é, irmã, minha eguinha… Não existe mais Kuzmá Iônitch… Foi-se para o outro mundo… Morreu assim, por nada…
Agora, vamos dizer, você tem um potrinho, que é seu filho. E, de repente, vamos dizer, esse mesmo potrinho vai para o outro mundo… Dá pena, não é verdade? O cavalinho vai mastigando, escuta e sopra na mão de seu amo… Iona anima-se e já que apenas o animal tinha ouvidos para lhe ouvir, conta-lhe tudo…
Caros irmãos, vejam só que triste realidade.
E como irmãos que somos, por que não nos escutamos afim de obtermos uma irmandade mais solidária e feliz?... Chega de darmos ênfase ao egoísmo. É chegada a hora de despertarmos em nós, o dom da empatia.
Fonte:
Texto enviado pela autora.
Texto enviado pela autora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário