Na Rua Almeida Salim, próximo ao cemitério, num barracão rústico de madeira, funcionava um clube social denominado “Flor do Mato”, porém conhecido como Formigueiro.
Sua presidente era a Sra. Sebastiana que o dirigia com mãos de ferro, exigindo ordem e respeito, embora muitas vezes isso não fosse possível.
O prédio só tinha uma porta frontal de acesso e janelas somente de um lado, lado este que ficava sobre um barranco, sendo grande a altura até o solo. A falta de janelas na frente e nos outros lados era proposital, pois evitava que alguns dos frequentadores fugisse sem pagar a despesa pois a porta era protegida por “leões de chácara”.
No clube não havia luz elétrica, sua iluminação vinha de lampiões, presos às paredes que não conseguiam iluminar satisfatoriamente o salão.
Um rapaz resolveu ir a um dos bailes no clube. Arrumou-se e pegou escondido um paletó de seu cunhado que era o delegado da cidade.
Durante o baile como dançasse muito e estivesse muito quente pela falta de ventilação, tirou o paletó e colocou no espaldar de uma cadeira continuando a dançar.
Lá pelas tantas começou uma briga dentro do clube que logo se generalizou a tapas, socos e pontapés. Todos brigavam e garrafas começaram a ser atiradas.
O jovem não teve dúvidas, vislumbrou por uma janela, no lusco-fusco, um galho. Como era bem franzino subiu à janela e se atirou, agarrando-se ao galho. Era uma folha de bananeira e ele estatelou-se lá embaixo.
Apesar da dor da queda lembrou-se do paletó e então gritava;
- Podem brigar, podem se matar! Só não estraguem o paletó, pois é do delegado.
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Texto enviado pelo autor.
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