Lisboa na noite de Santo António, (12 para 13 de Junho) vem para a rua para o desfile das Marchas Populares dos Bairros de Lisboa. Tradicionalmente, este desfile dá-se na Av. da Liberdade, entre a Praça do Marquês de Pombal e a Praça dos Restauradores – mil metros. Sensivelmente ao meio da Av. da Liberdade, por alturas da estátua aos Combatentes da Grande Guerra, às portas do Parque Mayer, e em frente à tribuna principal, todas as Marchas fazem as suas evoluções em cantares e em marcações coreográficas. É Luz! É Cor! É Alegria!
Tudo começou em 1932 por iniciativa de Leitão de Barros, então diretor do “Notícias Ilustrado”, com o apoio de Norberto de Araújo e do “Diário de Lisboa”, que promoveu as primeiras marchas: “percorreram algumas ruas de Lisboa e entraram no Parque Mayer, onde fizeram demonstrações ao ar livre e no palco do Salão do Cine Capitólio. Concorreram a princípio 3 bairros (Alto do Pina, Bairro Alto e Campo de Ourique) e ainda deram a sua adesão, outros tantos (Alcântara, Alfama e Madragoa).
Foi muito, para uma quase improvisação. Nesse ano, na marcha de Alcântara, figurou uma jovem humilde e ignorada, a mesma que, tempos depois, a cantar o fado, veio a marcar, de forma precisa, nas crônicas nacionais e estrangeiras: “Amália Rodrigues".
SINFONIA DE LISBOA
Música de Raúl Ferrão
Versos de Norberto De Araújo
“Lisboa é sempre
Namoradeira,
Tantos derriços
Que até fazem já fileira.
Não digas sim,
Não me digas não;
Amar é destino,
Cantar é condão.
Uma cantiga,
Uma aguarela,
Um cravo aberto
Debruçado da janela
Debruçado da janela.
Lisboa linda,
Do meu bairro antigo,
Dá-me o teu bracinho,
Vem bailar comigo.
(Estribilho – refrão)
Lisboa nasceu
Pertinho do céu
Toda embalada na fé.
Lavou-se no rio,
Ai, ai, ai, menina
Foi batizada na Sé.
Já se fez mulher
E hoje o que ela quer
É trovar e dar ao pé.
Anda em desvario
Ai, Ai, Ai, menina
Mas que linda que ela é !
Ó noite de Santa António !
Ó Lisboa de encantar!
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar.
Enquanto os bairros cantarem,
Enquanto houver arraiais,
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais.
Toda a cidade flutua
No mar da minha canção
Passeiam na rua
Retalhos da lua
Que caem do meu balão.
Deixem Lisboa folgar,
Não há mal que me arrefeça,
A rir, a cantar,
Cabeça no ar,
Eu hoje perco a cabeça.
Música de Raúl Ferrão
Versos de Norberto De Araújo
“Lisboa é sempre
Namoradeira,
Tantos derriços
Que até fazem já fileira.
Não digas sim,
Não me digas não;
Amar é destino,
Cantar é condão.
Uma cantiga,
Uma aguarela,
Um cravo aberto
Debruçado da janela
Debruçado da janela.
Lisboa linda,
Do meu bairro antigo,
Dá-me o teu bracinho,
Vem bailar comigo.
(Estribilho – refrão)
Lisboa nasceu
Pertinho do céu
Toda embalada na fé.
Lavou-se no rio,
Ai, ai, ai, menina
Foi batizada na Sé.
Já se fez mulher
E hoje o que ela quer
É trovar e dar ao pé.
Anda em desvario
Ai, Ai, Ai, menina
Mas que linda que ela é !
Ó noite de Santa António !
Ó Lisboa de encantar!
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar.
Enquanto os bairros cantarem,
Enquanto houver arraiais,
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais.
Toda a cidade flutua
No mar da minha canção
Passeiam na rua
Retalhos da lua
Que caem do meu balão.
Deixem Lisboa folgar,
Não há mal que me arrefeça,
A rir, a cantar,
Cabeça no ar,
Eu hoje perco a cabeça.
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continua...
Fonte:
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
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