Dificilmente encontramos alguém que não goste de ter reconhecido o seu valor sociocultural na comunidade aonde vive, no seu trabalho, ou mesmo perante o seu círculo de amizade.
É muito gratificante a valorização dos seus atos, o reconhecimento pelas suas obras ou maneira de viver e de conviver. Tudo isso infla o ego e faz com que a pessoa procure se aperfeiçoar a cada vez mais, para que a sua influência positiva torne-se exemplo aos demais.
Mas o prestígio não é e tão somente atribuído ao homem, mas sim a um grupo que tanto pode ser uma associação, como pode ser uma empresa. E é sobre prestígio empresarial que quero falar hoje. E para isso, dar um exemplo de algo ocorrido comigo e com a empresa onde trabalhei durante toda a minha vida e onde me aposentei.
Quando ainda eu pertencia ao quadro de empregados ativos da Caixa Econômica Federal, sempre, no mês de julho, nas férias da minha esposa, eu conseguia alguns dias de licença para irmos até a cidade de Campos do Jordão. assistir ao Festival Internacional de Inverno daquela cidade, onde compareciam musicistas do mundo todo para apresentações em diversos locais e durante todo o mês.
Pois bem, no final dos anos oitenta, no mês de julho, saímos de Piraí do Sul, onde residíamos, para nossa viagem costumeira. Só que, como eu não havia reservado hotel, ao lá chegarmos, logo percebemos que não havia vaga disponível em hotéis no centro do Bairro Capivari, onde gostávamos de nos hospedar.
Fomos a diversos deles e a resposta era sempre a mesma: “Não temos apartamento vago, pois como o festival está no auge de audiência, muita gente veio para cá.”
Já estávamos cansados e quase desistindo quando resolvemos ir até mais um outro hotel. Lá chegando, fomos muito bem recebidos pelo proprietário, um senhor muito educado e gentil. Só que a sua resposta à nossa solicitação foi a mesma: “não havia aposento vago”.
Então, pensei numa possibilidade e pedi a ele que me indicasse onde se localizava a agência da Caixa, que ele disse ser bem perto. Então lhe expliquei que iria até lá, procurar o meu colega gerente, para ver se ele conseguia algo.
Quando ele soube que eu era empregado da Caixa, incontinenti me disse: “Então o senhor trabalha na Caixa? Por que não me disse isso antes?” Confirmei-lhe minha condição de economiário e me surpreendi com o que ouvi: “Como não posso ter acomodação para um funcionário da Caixa, da qual sou cliente fiel e irrestrito?” e continuou: “Tenho um apartamento coringa, exatamente para casos como o seu, e creio que irá gostar das acomodações, pois é das melhores do meu hotel”.
E assim, graças ao prestígio da minha querida empresa Caixa, conseguimos excelentes acomodações e também tratamento diferenciado durante os dias que lá ficamos.
Fonte:
Ebook enviado pelo autor.
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
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