Ela representa a esposa, a mãe. É fiel à família, no entanto, não faz o tipo submissa. Oxum é faceira, ama espelhos, batons, joias e doces.
É segura em suas atitudes, sem deixar de ser branda. Sua fala exala candura. E, espontaneamente, todos a respeitam.
Oxum é a dona do ouro, por isso, seus filhos são ricos. Não ricos de bens materiais, ricos das coisas da vida. Quem se deixa conduzir pela força do seu axé, possui sabedoria ao resolver problemas. Ouve seus conselhos e entende que para as águas não há caminhos fechados. Pois a água tem o poder de escorrer entre pedras e espinhos, e por mais confuso que pareça o labirinto, sempre encontra uma saída por onde escorre até alcançar o mar.
Seus protegidos são amantes da alegria, são belos e sensuais. São férteis, porque as águas de Oxum estão sempre a fertilizar o solo dos sonhos.
Essa deusa, Orixá, Entidade, é cultuada no Candomblé e na Umbanda. Chega dançando, cercada de Erês (crianças) ao seu redor.
Seu axé traz o amor desejado e faz a união acontecer.
Oxum também traz em si, o arquétipo da sereia. É a sereia dos rios. Uma espécie de prima de Iemanjá.
Suas virtudes são infinitas. E quem mergulha em seus rios, não morre, está sempre a renascer.
CÂNTICO À DEUSA DOS RIOS
Oxum é uma criança
que esqueceu de envelhecer,
mas quando ela dança
seus filhos param de sofrer.
É bela, é muito doce,
cheia de luz e de saber.
Oxum, dona do ouro,
dai-me sustento para viver.
Ó Oxum, deusa querida,
das suas águas eu vou beber.
Ser feliz e ter longa vida.
Sua paz quero merecer.
És santa, mulher e deusa,
sangue do bem querer.
Ora iê, iê ô, minha mãe menina,
Ora iê, iê ô, linda flor do amanhecer!
Fonte:
Enviado pela autora.
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