Numa instituição fui solicitado a preencher um cadastro. Achei estranho pois minha demanda não ensejava nenhum informe adicional. Às perguntas costumeiras, nome, data de nascimento, vieram também indagações de cor dos olhos, número do calçado, grau da lente dos óculos, fundura do nariz, largura da boca. E mais. Profissão? Romeiro da cultura. Função? Disseminador. Outras atividades? Escrevinhador.
Pensei nas respostas às perguntas.
Disseminador de cultura é um prazer arraigado. Escrevinhador é necessidade constante. Ambos habitam meus dias. Habitamo-nos.
No meu posto de buscador, pesquisador, observador, vou aprendendo a fazer e estimular a cultura - atendendo ao sentido literal da palavra "cultivare ", ali do latim. E cultivo é planta, é busca, entendimento, incentivo e disseminação.
Envolto nesta teia de vez em quando lembro Bob Marley: "Um povo sem conhecimento, origem e cultura é uma árvore sem raízes".
Fonte:
Texto enviado pelo autor.
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