sábado, 29 de abril de 2023

Maria Amália Vaz de Carvalho (O anel do diplomata)

— Parecia que vendia saúde... Tão forte que era!...

— É verdade! Quem o havia de dizer!

— Era uma criança ainda, tinha pouco mais de setenta anos, volveu outro que, pela figura e pelo andar trôpego e vacilante, denotava ter os seus oitenta, bem puxados.

— E olhe que era um bom homem! Você não viu como a filha chorava quando o pusemos em cima da cama? Cortava o coração, coitadinha!

— E honradinho! Eu sei cá! Poucos se topam por aí com tão bons sentimentos e com cara tão limpa...

— Lá isso é!...

— Não, que quem sabe aos seus não degenera!

— Era muito amigo da pobreza! – tartamudeou uma velha.

— Ó Cristo! Era o pai da pobreza, é o que vosmecê deve dizer, tia Joaquina.

— E depois olhe que era o melhor letrado destas oito léguas em redondo.

— Aquilo era um selvagem...

Assim falavam alguns indivíduos pertencentes a diversas categorias da pequena sociedade da vila de X***, descendo as escadas da casa do advogado Vasconcellos que caíra mortalmente fulminado por uma congestão cerebral, no momento em que defendia calorosamente um indivíduo que numa alucinação brutal de ciúme assassinara a mulher e dois filhinhos.

O advogado Vasconcellos morrera pobre, sorte de todos os causídicos de província, que logram vencer, quando muito, por mês, o que qualquer dos colegas de Lisboa e Porto dá aos seus agaloados trintanários.

Segundo filho de uma casa de bom nome na província do Minho, cursava cânones e leis na Universidade, no ano de 1828, emigrando nesse mesmo ano, e vindo terminar o curso mais tarde, depois de ter defendido a causa da liberdade, em parceria com outros codiscípulos, que tão assinaladamente se distinguiram depois na politica, nas armas e nas letras.

Depois de formado, recolheu-se á sua vila natal, e não podendo contar com a mesada que seu irmão lhe arbitrara, visto que os rendimentos da casa mal chegavam para a alimentação e sustento do primogênito, abriu banca de advogado, dependurando de um dos lados da estante de pinho, encimada pela pasta verde e encarnada de quintanista, a lata com os seus pergaminhos de bacharel in utroque (num e noutro), e de outro lado a farda impregnada da pólvora de vinte combates e varada pelas balas dos servidores de Del-Rei nosso senhor, no cerco do Porto.

A formosa irlandesa que o acompanhara no exilio, e que lhe foi denodada companheira nas ásperas provações da vida, morreu-lhe pouco tempo depois, deixando-lhe dois filhos, um rapaz e uma menina.

Tanto um como outro eram educados com solicitude e esmero, que para a educação dos dois não se forrava aquele pai amabilíssimo, nem a despesas, nem a trabalhos.

O rapaz foi para Coimbra, e a menina para o convento das Salesias em Lisboa, de onde recolheu quando o irmão entrava para o primeiro ano jurídico.

— É preciso estudar, Antonio, olha que se eu não tivesse aquelas cartas, tinha de andar a cavar nas hortas de meu irmão, ou de esmolar nas escadas ignóbeis das secretarias um lugar de porteiro ou de amanuense, e isto ainda assim, apresentando como documento dos meus serviços aquela farda...

Não eram necessários estes conselhos. Antonio de Vasconcellos foi sempre um sisudo moço, estudioso, o que não quer dizer que aquela mocidade fosse bisonha e avessa às ridentes alegrias dos vinte anos.

Pobre da árvore que ao sorrir da primavera não se cobre de flores, e em cujos ramos folhados e a cuja seiva não cantam as toutinegras e não assobiam os melros!

Recolhia-se á sua casa, em Coimbra, o moço estudante, alegre e contente de si por ter correspondido bizarramente, numa sabatina, ao alto conceito em que o curso o tinha, quando lhe entregaram uma parte telegráfica.

Rasgou alvoroçadamente o sobrescrito, leu e empalideceu horrivelmente.

— Meu querido pai! – murmurou, e curvado sobre a sua mesa de estudo deixou cair a cabeça nos punhos fechados. – Pobre pai! Pobre pai! Que me não chegou a ver bacharel!

Na manhã do dia seguinte entrava por casa dentro, ao passo que descia as escadas o caixão em que vinha metido o pai.

Quiseram-no afastar, esconder-lhe aquele espetáculo lutuoso, mas ele resistiu, e abraçado ao cadáver do pai chorava como choram os que de repente sentem que o braço amável que os guiava nesta vida enfraquece e esfria para sempre, deixando-os na mais desconsolada e álgida das solidões.

Amparado nos braços de um amigo da infância, entrou no aposento em que a irmã pálida e desfeita expedia gritos clamorosos e histéricos.

— Sozinha, repetia a mísera, sozinha!

— E eu, minha querida Francisca? Não te lembraste do teu irmão? – disse o moço engolindo as lágrimas, e fazendo-se forte para dar coragem à desgraçada menina.

Assim no alto mar quando o temporal arrepia e enovela as ondas, e o velame bate nos mastros com o ruído molhado das asas de uma ave que se afoga, e a marinhagem assustada grita e pragueja ante a morte próxima e inevitável, o capitão que tem filhos e esposa, longe numa pequena aldeia à beira-mar, dá ordens com voz tranquila, e comanda a manobra com a serenidade de quem vê perto as águas quietas e espelhadas do ancoradouro.

Passados alguns dias, desceu o estudante ao escritório. Examinou as gavetas e os móveis, a ver se o pai havia feito as suas últimas disposições. Não encontrou senão minutas, autos, libelos em princípio, considerações jurídicas.

— Parece-me que o estou vendo! A última vez que o vi, estava aqui sentado e perguntou-me a rir se eu sabia o que era um libelo! — disse o moço para a irmã, que o acompanhava. — Respondi-lhe, e ele tornou:

— Caspita! Pois olha, que quando deixei Coimbra não o sabia. A minha universidade foi esta banca. Aqui é que se aprende, deixa lá! E depois tu verás!

Mal sabia ele que eu nunca havia de ver isso...

— E porque, Antonio?

— Porque? Porque estamos paupérrimos. O pai morreu honrado, mas sem recursos. O que nos resta, filha, são umas cinquenta moedas, que a nossa velha Joanna ajuntou com as soldadas ganhas no serviço da casa de nossos avós, e nesta... casa que é hoje dela, porque é ela que nos tem sustentado desde que nos faltou o nosso querido amigo...

Bateram neste momento à porta do escritório, Antonio de Vasconcellos foi abrir. Apareceu no limiar da porta um lavrador que disse, desbarretando-se:

— Queria dar uma palavra ao sr. doutor...

— Meu pai faleceu esta semana...

— O quê? E eu que o vi ainda há dias tão forte e rijo! Em nome do Padre e do Filho... É o que nós somos neste mundo... Que Deus o tenha na sua glória, que era um homem às direitas... Então queira perdoar.

E saiu enquanto os dois com os olhares atados um no outro, perguntavam naquela muda linguagem, o que seria deles desamparados e sós naquele temporal, que tão subitamente lhes escurecera o azul sereno da vida.

Alguns amigos do advogado e um pároco daquelas circunvizinhanças, reunidos num sagrado pensamento, ajustaram entre si dar uma mensalidade a Antonio de Vasconcellos, que a rogos da irmã aceitou aqueles adiantamentos como uma divida que satisfaria mais tarde.

Temos o nosso estudante formado e pronto. Logo que se viu senhor dos títulos alcançados pelo seu estudo e aplicação, foi á vila natal agradecer aos que o haviam tão evangelicamente amparado e, por conselhos de um codiscípulo, dirigiu-se a Lisboa, onde fixou residência, e entrou a frequentar o escritório de um dos advogados de mais renome no foro da capital.

Ir para a província trabalhar como um mouro, estudar como um beneditino; Para quê? O resultado conhecera-o ele, que o exemplo lhe fora mais que manifesto na própria família. Em Lisboa encontraria campo mais dilatado onde desafogar as suas altas aspirações.

O pior seria o primeiro ano e ainda o segundo, mas depois acudiriam os clientes, e o seu nome adquiriria a gloriosa reputação com que outros de menos talento se ufanavam.

— A princípio, Francisca, dizia o moço doutor, não correrá tudo conforme nossos desejos, mas tu hás de ter muita coragem, não é assim? Quando eu entrar em casa, e vir um sorriso na tua boca, verás como me lanço ao trabalho com vontade e com intrepidez...

Pobre criança!
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Naquela época chegara a Lisboa um individuo que fora o mais perdulário dos leões da Lisboa de há trinta anos, e que presentemente ocupava um elevado lugar diplomático em uma corte estrangeira.

Contavam-se deste homem excentricidades que fariam morrer de inveja o mais fastiante e esplênico dos lordes. Batera-se vinte vezes e por motivos diversos, por questões de jogo, por questões de mulheres, e por questões de política.

Espirituoso, valente e rico, passou pelo mais bem acabado produto do seu tempo e do seu meio.

Agora velho mas sempre original e taful, era estimado por todos, querido nas salas, temido ainda na imprensa e respeitado pelos políticos a quem asseteava com o acre azedume de quem já mourejou nos bastidores da política, e lhes conhece de sobejo os obscuros mistérios.

Estava Antonio de Vasconcellos no Chiado, conversando com um codiscípulo, quando o diplomata apeou de um trem, e se deteve a conversar alguns instantes com umas senhoras que iam passando.

— Sabes quem é aquele sujeito? – perguntou-lhe o codiscípulo.

— Não.

— É Jorge de Alvim. O velho mais moço que passeia nesta cidade sorumbática e preguiçosa...

— Esse nome não me é estranho. Foi codiscípulo de meu pai que o estimava e tinha em grande conta, e até se me não engano, queimei uma grande correspondência travada entre aquele homem e meu pai. A ele pessoalmente não conhecia, mas é simpático.

— E homem de grande influência política.

Neste momento o cavalheiro F. e o ministro L. que passavam, acercaram-se do diplomata e demoraram-se com ele em palestra em que pareciam enlevados.

— Repara tu como eles o tratam! – concluiu o codiscipulo de Vasconcellos ao dar-lhe o aperto de mão de despedida.
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— Sempre me decido, Francisca.

— Pois vai, Antonio, vai que não desonra pedir trabalho e proteção...

— Receber-me-á ele bem?

— Quem te não há de receber bem, tolo? Vai que eu fico a pedir a Deus por ti!

Antonio de Vasconcellos foi e falou com o velho amigo de seu pai, Jorge Alvim. Contou-lhe toda a sua vida árdua, as lutas obscuras, as misérias que afrontara, descreveu-lhe a nua e triste água-furtada em que viviam, ele e a irmã, as longas e plúmbeas noites mal dormidas, a costura mal remunerada, a dureza dos senhorios.

E no gabinete cheio de conforto e de luxo aquelas palavras tristes, desesperadas e expirantes soavam lugubremente como um grito de agonia nas alegrias de um noivado...

— V. exa. não sabia de uma coisa que lhe vou agora dizer. Seu pai salvou-me da morte uma vez no cerco do Porto, eu salva-lo-ei custe o que custar das... garras da...

— Miséria! - disse o moço com o rosto ligeiramente carminado.

— Pois seja assim! Começaremos a combater o monstro hoje mesmo. Para isso é preciso que V. Exa. envergue as armas próprias para combates desta ordem. Em vez do arnez, do broquel, das caneleiras e do elmo, aconselho-lhe que se vista com elegância igual á sua gentileza, porque vai combater a fera no salão da mais elegante senhora de Lisboa, e ante a presença das nossas mais acentuadas celebridades políticas e literárias. Até logo, não é assim? disse o velho estendendo com uma graça adorável a mão a Antonio de Vasconcellos que desceu as escadas enceradas com o coração cheio de sol e de alegria.
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— Não estejas triste, a casaca fica-te bem, não está muito nova, mas ninguém repara. Põe este botão de rosa na casa. É bonito. Vais mesmo um taful — dizia a irmã de Antonio de Vasconcellos recuando e examinando amavelmente o moço.

Depois, com um gesto impregnado de um misto singular de proteção e de doce autoridade, continuou:

— Proibo-te que estejas com essa cara desconsolada. Digo-te eu que és o mais bonito que lá aparece. Depois me contarás.

E conversando e rindo num abandono divino e infantil, aqueles dois camaradas na adversidade, edificavam castelos de ventura, esquecidos de que o padeiro naquele dia recusara fiar-lhes mais pão. Oh mocidade!
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Jorge de Alvim naquele dia parecia exceder-se a si próprio, tão brilhantes eram as suas respostas, tão finas as suas ironias, tão cheias de sal as anedotas com que encantava os conselheiros, ministros e jornalistas que estavam à mesa da elegante condessa de X***.

Falou-se em diamantes. Jorge de Alvim desde logo entrou a historiar casos e anedotas a tal respeito. Narrou as aventuras de diamantes que se tornaram célebres pelas peregrinações em que andaram, e assim precisou com uma erudição graciosa a história do Sancy, diamante que foi de Carlos, o Temerário, e que das mãos deste passou para as de um Duque de Florença e depois para o poder do Prior do Crato, que o empenhou ao intendente das finanças em França, Harley de Sancy, de onde lhe proveio o nome.

— Ainda aqui não para, minhas senhoras, a odisseia desta pedra. Harley de Sancy quando Henrique IV de França antes de ser reconhecido se achou em grandes apuros de dinheiro, mandou vender esse diamante aos judeus de Metz. O homem encarregado de tão preciosa missão, caindo nas mãos de uma quadrilha de bandidos, e receando que lhe roubassem o tesouro que levava, engolira a pedra...

— Ora essa! – disse a dona da casa.

— Verdade pura, minha senhora. O cadáver foi descoberto passados tempos no bosque de Dôls, e aberto o ventre, acharam o diamante que foi vendido a Jacques II de Inglaterra, de cujo poder passou para o de Luiz XIV.

— E depois? – disse uma das senhoras. Não pode parar aí esse longo peregrinar de que V. Exa.  está sendo um Fernão Mendes...

— Minto?... pois seja assim. O que posso afiançar a V. Exa. é que esta pedra, depois de várias e encontradas vicissitudes acabou por onde acabou a esposa de Menelau... Foi roubada, e hoje para nas mãos dos Russos.

— Justamente o que mais dia menos dia sucederá ao seu magnifico anel, Sr. Jorge de Alvim, tornou a mesma interruptora, dardejando um olhar guloso e felino á pedra do anel — Não está ali por menos de duzentas libras, afirmou um banqueiro.

— Ora, pelo amor de Deus, meus senhores, volveu o velho casquilho. O meu anel que julgo não tem ainda por ora aventuras, ouvindo as minhas narrativas de há pouco encheu-se de brios, e quis provar aos incrédulos que também lhe estão reservados altos destinos... Vou propor a V. Exas. uma coisa que lhes parecerá excêntrica, mas que me relevarão, já que em Lisboa passo por um ente singular e extraordinário. Aí vai a singular excentricidade que me passou pela cabeça: ao sair desta sala hão de todos deixar-se revistar pelos donos da casa. Rejeitam ou aprovam?

Ouvindo aquela proposta esquisita e quase que ofensiva, alguns sorriram, indignaram-se outros, franzindo os sobrolhos, e um pesado silencio constrangedor caiu naquela sala há pouco tão sonora de vozes, de risos e do fino tilintar da prata e dos cristais.

— Peço perdão, mas oponho-me e rejeito essa proposta!

Quem assim falava era Antonio de Vasconcellos. Estava pálido como a morte, tentava sorrir, mas os dentes cerravam-se-lhe nervosamente, e os cabelos empastavam-se-lhe na testa gotejando suor.

— Seria ele? – disse a dona da casa baixo, e fitando-o tristemente.

E toda a gente que o ouvira como que por instinto afastou-se do pobre moço.

Podia ser, que fosse ele. Era pobre, pois não viam isso claramente?

Os olhos de todas as mulheres que ali estavam começaram então desapiedadamente a analisa-lo minuciosamente, e passavam-lhe em revista a casaca coseada, a pouca finura da camisa, a gravata branca ligeiramente encardida, as joelheiras luzidias das calças pretas.

— E não é feio rapaz!

— Pois sim, mas Lacenaire também não era feio, volveu outra menos caridosa e mais letrada.

Antonio de Vasconcellos aproximou-se de Jorge de Alvim, e baixo com voz concentrada disse-lhe:

— Uma palavra, Sr. Alvim, desejo dar-lhe uma palavra...

— É melhor mais tarde... depois..., replicou desdenhosamente Jorge de Alvim.

Repararam todos na insistência de Antonio de Vasconcellos, e as suspeitas mais e mais se enraizaram no espirito dos convivas.

O pobre rapaz, que conhecia a falsa posição em que se colocara com a sua frase, sentia-se humilhado e como que vendido naquele meio.

Os próprios criados olhavam-no com manifesto desprezo.

Vasconcellos disse ainda ao diplomata:

— Sr. Jorge de Alvim, pela ultima vez, quer ouvir-me?

— Homem, já sei; é pobre, teve uma fascinação, já li isso não sei aonde... Ah! já sei... num conto de Balzac...

E voltou-lhe as costas.

Nesse instante uma voz entaramelada e rouca ecoou na sala:

— Peço que me escutem! Como sou o único pobre que aqui está, e como todas as circunstâncias são em meu desfavor, podem julgar que fui eu que roubei esse anel. Se não consenti na proposta feita pelo Sr. Jorge de Alvim, — e na palidez do seu rosto destacavam-se duas rosas de pejo, — foi porque, se me revistassem, encontravam-me no bolso isto que eu furtei para levar á minha irmã que não come desde ontem... disse o mancebo tirando da algibeira um pão.

Houve um grande e profundo silencio angustioso. A condessa foi a primeira a rompe-lo adiantando-se para Vasconcellos.

— Pobre rapaz!...

E com o movimento que fez, um objeto brilhante faiscou nas franjas do seu vestido.

— Permita-me V. Exa., condessa, disse o banqueiro abaixando-se e desprendendo das franjas o objeto que reluzia e chispava: aqui está o anel.
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Antonio de Vasconcellos ocupa hoje com aplauso geral e com grandes créditos o lugar de secretário, na embaixada de que é ministro seu amigo e cunhado Jorge de Alvim.
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Maria Amália Vaz de Carvalho foi uma escritora polígrafa, ativista feminina, e autora de contos, poesia, ensaios e biografias. Colaborou em diversos jornais e revistas publicando crónicas de crítica literária e opiniões sobre ética e educação, para além de ter analisado, com notável clarividência, a condição e o papel da mulher na sociedade do seu tempo. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia das Ciências de Lisboa, eleita em 1912. Foi casada com o poeta António Cândido Gonçalves Crespo, dele organizando suas obras completas postumamente.

Fonte:
Disponível em Domínio Público.
Maria Amália Vaz de Carvalho. Contos e Phantasias. Publicado originalmente em Porto, 1880.
Convertido para o português atual por J. Feldman

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