quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Airton Monte (1949)


Airton Monte nasceu em Fortaleza (1949) e nunca dela se mudou.

Filho de Airton Teixeira Monte e Valdeci Machado Monte.

Médico psiquiatra formado pela Universidade Federal do Ceará, cronista do jornal O Povo, comentarista de rádio, redator de televisão, letrista, teatrólogo, é essencialmente poeta e contista.

Iniciou-se na revista O Saco, onde publicou contos.

Um dos fundadores do Grupo Siriará de Literatura.

Estreou, no gênero conto, com o volume O Grande Pânico (1979), seguido de Homem Não Chora (1981) e Alba Sangüínea (1983).

Tem no prelo Os Bailarinos. Participou de algumas antologias: Os Novos Poetas do Ceará III, Antologia da Novo Poesia Cearense, Verdeversos e 10 Contistas Cearenses.

Tem também um livro de poemas.

Dona Sônia, esposa de Airton Monte, diz que o marido nunca sabe cobrar pelos textos que lhe são encomendados. “Até mesmo os laudos periciais da psiquiatria, ele vem perguntar para mim quanto é que tem que cobrar”. “Você é minha ministra da Fazenda”, brinca Airton.

Falando do amigo Jorge Pieiro, que Airton considera um dos principais nomes da nova geração de escritores cearenses, Airton diz que Pieiro é o moderno da turma, o “cara que faz cabelo, coisa e tal”, é o “metrossexual”. “Mas como ele é muito baixinho, a gente chama ele de ‘meio metro sexual’”.

Já o escritor Pedro Salgueiro, Airton chama de Pedro Sangreiro, “porque ele mata tudo que é personagem”. “Enganchou num conto, ele mata os personagens todos”.

Bárbara, filha de Airton Monte, é quem coordena a página dedicada ao pai no orkut, site de relacionamentos da internet. “Uma vez ela ficou furiosa porque perguntaram a ela se ele batia em mim”, conta dona Sônia. “Minha filha não fique assim, diga que eu bato nela, bato em você, bato no Pablo (filho de Airton), bato no cachorro, em todo mundo”, conta Airton às gargalhadas.

Airton diz que tem três ou quatro livros de poesia prontos, além de um romance, uma novela sobre futebol, uma peça de teatro e um livro de contos “Os bailarinos”. “Há tanta coisa aí guardada”, conta. “Eu não publico porque desde que publiquei meu primeiro livro pela editora Moderna que decidi não publicar mais nenhum livro com o meu dinheiro. Afinal, o escritor já é o camelô de si mesmo, tem que escrever e sair vendendo o bicho de mão em mão, indo nos programas de rádio, etc”.

Segundo dona Sônia, quando está num restaurante, Airton repara se há algum casal conversando e fica imaginando o assunto para poder se inspirar em suas crônicas. “Ele me manda ao toalete para eu passar perto do casal e ouvir o que eles estão dizendo", revela.

Fontes:
Soares Feitosa e Nilto Maciel. Jornal do Conto.
Soares Feitosa. Jornal de Poesia.

Nenhum comentário: