Jorge Tufic nasceu em Sena Madureira, Acre, a 13 de agosto de 1930. Jornalista. Publicou os livros: Poesia reunida, Editora Puxirum, Manaus 1988; Retrato de mãe, Scortecci, São Paulo, 1994; Boléka - a onça invisível do universo, Scortecci, São Paulo, 1995; Agendário das sombras, O Pão, Fortaleza, 1997 e 50 poemas sem muita escolha, Livrornal, Fortaleza, 1997.
“Aí começou aos sete anos de idade, a ouvir o ponteio das violas sertanejas, acompanhando as trovas, os repentes e as saudades dos soldados da borracha, filhos do nordeste brasileiro.”
A poesia de Jorge Tufic, por isto mesmo, aspira a um registro do transcendente e do eterno, abrindo uma proposta nova no seio da arte literária de hoje, que se quer assim tão racional e cerebrina. Não lhe importa o poema elaborado. O que lhe diz respeito, preponderantemente, é o poema sentido, é o poema achado e medido a partir da sua ótica de apreensão do mundo e da sua verdade.
Sendo uma poética da solidão e da maturidade, a sua arte comporta também o interlúdio do indizível e do inefável, onde campeiam soltos os versos amazônicos e os escritos lavrados nos corredores da memória e da experiência, tudo isto ao lado de poemas celebrando mitos, lugares e pessoas, tais a poética urbana e as saudades de São Luiz e o modo de sonhar do poeta Nauro Machado. É no contorno dessas relembranças que Tufic vai organizando odes a alguns poetas modernos e recriando o rio da infância e o seu curso, às vezes com um jeito meio Severino ou Cabral, fustigando Lorca e o seu alazão andaluz, Manoel de Barros e a sua solidão pantanal.
Amazônico como Tufic. A insônia dos grilos é a fusão de diversos instantes, de inúmeras ancestralidades e a explosão de muitos parentescos. Visões, revisões, viagens. Recordações de becos, agendas e botecos. É como se o carrossel do sonho estivesse a embalar uma grande dor e a poeira dos seus fragmentos. É como se o livro todo fosse um atestado mesmo da lírica literária mais alta e da melhor poesia brasileira deste final de século. (Dimas Macedo)
Fontes:
Antonio Miranda
Jornal de Poesia
“Aí começou aos sete anos de idade, a ouvir o ponteio das violas sertanejas, acompanhando as trovas, os repentes e as saudades dos soldados da borracha, filhos do nordeste brasileiro.”
A poesia de Jorge Tufic, por isto mesmo, aspira a um registro do transcendente e do eterno, abrindo uma proposta nova no seio da arte literária de hoje, que se quer assim tão racional e cerebrina. Não lhe importa o poema elaborado. O que lhe diz respeito, preponderantemente, é o poema sentido, é o poema achado e medido a partir da sua ótica de apreensão do mundo e da sua verdade.
Sendo uma poética da solidão e da maturidade, a sua arte comporta também o interlúdio do indizível e do inefável, onde campeiam soltos os versos amazônicos e os escritos lavrados nos corredores da memória e da experiência, tudo isto ao lado de poemas celebrando mitos, lugares e pessoas, tais a poética urbana e as saudades de São Luiz e o modo de sonhar do poeta Nauro Machado. É no contorno dessas relembranças que Tufic vai organizando odes a alguns poetas modernos e recriando o rio da infância e o seu curso, às vezes com um jeito meio Severino ou Cabral, fustigando Lorca e o seu alazão andaluz, Manoel de Barros e a sua solidão pantanal.
Amazônico como Tufic. A insônia dos grilos é a fusão de diversos instantes, de inúmeras ancestralidades e a explosão de muitos parentescos. Visões, revisões, viagens. Recordações de becos, agendas e botecos. É como se o carrossel do sonho estivesse a embalar uma grande dor e a poeira dos seus fragmentos. É como se o livro todo fosse um atestado mesmo da lírica literária mais alta e da melhor poesia brasileira deste final de século. (Dimas Macedo)
Fontes:
Antonio Miranda
Jornal de Poesia
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