sábado, 14 de julho de 2012

Luís Lucas Francisco (Rostos e olhares)

Naqueles olhares algo distantes
Há rostos ainda bem risonhos
Mas no futuro pouco confiantes
E no qual não alimentam sonhos.

Da sua terra grandes amantes
Porque a ela se submeteram,
Lutaram por ela como gigantes
E seus braços nunca se renderam.

Rostos flácidos e macilentos
Que duros anos foram moldando,
Ao progresso estiveram atentos
Que quase tudo lhes foi negando.

P’lo sol, seus rostos foram curtidos,
P’ra tirarem da terra magro sustento,
Mas eles não se deram por vencidos
Nem se lhes ouviu nenhum lamento.

Assim por detrás de cada rosto
Há uma bem apurada memória
Que conta com requintado gosto
Lindos trechos da sua história.

Estes beirões rijos e valentes
Habituados aos rigores da serra
Foram “peças” muito influentes
No desenvolvimento da sua terra.

É para estes rostos e olhares
Que aos quatro ventos cantarei;
Eles que habitam aldeias e lugares
Deste concelho de Vila de Rei!

Fonte:
http://www.cm-viladerei.pt/

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