sábado, 1 de dezembro de 2018

Neyd Montingelli (Poemas Diversos)


OS DEUSES DO OLIMPO

Do alto da montanha
Descem os deuses poderosos
Virtuosos, imponentes, valorosos.
Aos homens impõem sua campanha.
12 deuses a explicar,
Os fenômenos humanos,
Os acertos, os enganos,
Ora a punir, ora a exaltar.
Sentenciavam os mortais
À vida, à morte, ao sofrimento
Não importando o lamento
A pena era dada aos iguais
Mas, pela lealdade,
Agraciados com virtude,
Poder, força e magnitude.
Alguns, dos deuses eram a continuidade.

OS MORTAIS

Aos deuses se curvavam,
aos deuses suplicavam.
Rendiam-se aos seus encantos,
e pediam a proteção do seu manto
Com os deuses se deitavam
e semideuses geravam.
Outros, no entanto,
veneravam como a um santo.
Quando pela terra prosperavam,
aos deuses agradeciam.
Se a terra os deixava em pranto,
dos deuses era o desencanto.

TEMPLOS DOS DEUSES

Para os deuses construíram moradas,
com colunas de pedra, com ostentação.
Riqueza e beleza juntaram nos templos,
para agradar ao mito da exortação.
Oferendas e súplicas entregavam,
pela culpa, pelo medo, pelo amor.
Estátuas de marfim, ouro e prata,
dos deuses ficavam no seu interior.
Hoje restam as ruínas,
as colunas dóricas, jônicas e coríntias
em pé através dos tempos.
Até os nossos dias.

UM PAI

Do ventre de minha mãe
para os braços do meu pai.
Dos seios de minha mãe 
para o colo do meu pai.

Com amor me cobriu,
com mantas me aqueceu.
Com alimentos me nutriu
seus exemplos, me forneceu.

Minhas primeiras portas, abriu, 
meus primeiros passos, conduziu.
Minhas primeiras escadas, construiu.
na direção da vida me instruiu.

Agora, devo meus caminhos trilhar
e a meu pai agradecer.
Sempre ao seu abraço voltar,
e o seu amor reconhecer.

JUNINA

Dança, pipoca, canjica e quentão,
alegram a vida do brasileiro em junho.
Tão festivo, tão simples, tão cristão.
Festas juninas são meros testemunhos,
do louvor aos santos protetores do coração.
De prece em prece, de simpatia em simpatia,
A moça pede um noivo, o moço pede um amor.
Para os problemas pedem anistia,
que em rezas, clamam com ardor.
São Pedro, Santo Antônio e São João,
recebem homenagens dos crentes.
Pedem a eles intercessão,
e agradecem as graças benevolentes.

LAGARTIXA FUJONA 

A lagartixa subia e descia pela porta. 
Procurava uma saída, 
ela queria ir até a horta. 
Pelos insetos se sentia atraída. 

Através do vidro da janela, 
apreciava os bichinhos lá de fora. 
Queria comer uma larva de berinjela 
ou um fede-fede de amora. 

Encontrou então uma fresta 
e escapou para o quintal. 
Achou que ia fazer a festa 
Mas, só se deu mal, mal, mal. 

Sem a proteção da casa, 
Uma lagartixa fica indefesa. 
Cobras, gambás e os que têm asa, 
atacam com rapidez essa presa. 

Ai, ai, ai, lagartixa esperta. 
Rápido, rápido vai se esconder. 
Logo, logo será descoberta 
Se para a casa não correr.

BUSCA

Todos em busca do amor, da estima perfeita
Com sintonia, com harmonia, com alegria.
A vida de igualdade, lealdade e amizade.
Alguém para dividir todas as conquistas
Amor incondicional, onde ele estará?
Com confiança, com segurança, com aliança.
Amigo, meu companheiro, aliado e parceiro.
Divido meu chão, meu pão, dou meu coração.
Ao encontrar esse amor, a busca cessará. 
A vida então se completará.
Com esplendor, com ardor, sendo seu provedor.
Entra, incorpora, sucumbe e no meu ser mora.


Fontes:
Carmo Vasconcelos. Revista Eisfluencias (varios ns.)

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