sábado, 8 de dezembro de 2018

Gislaine Canales (Glosas Diversas) 10



FANTASIA

MOTE:

Vez em quando a fantasia,
nesta praia...veraneia
e, acende a luz da poesia,
em meus castelos de areia.
Marlê Beatriz Araújo
Viamão/RS

GLOSA

Vez em quando a fantasia,
vem inteira, pra ficar,
com a canga da alegria,
alegrando o nosso mar!

Chega, então, em tom de festa,
nesta praia...veraneia
e num Luau , faz seresta
sob a luz da Lua cheia!

Faz-se brisa e acaricia
a tudo com doces beijos,
e, acende a luz da poesia,
que faz explodir desejos!

Segue assim, acarinhando,
com ternuras a mancheia,
vigas de amor, colocando
em meus castelos de areia.
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MAR SEM EMOÇÃO...

MOTE:

Na praia, a areia se esconde
ante uma onda incontida...
- Parece a ilusão, por onde
se derrama a própria vida!
Eduardo A O Toledo
Pouso Alegre/RS

GLOSA:

Na praia, a areia se esconde
embaixo da onda mansa
e é esse o lugar aonde,
a areia, afinal, descansa!

Vez por outra, titubeia,
ante uma onda incontida...
e sentindo medo, a areia
se esconde e chora escondida!

Teme, então, que a onda estronde,
estremece de pavor!
- Parece a ilusão, por onde
escapam sonhos de amor!

Sem sonhos, o coração
lembrando a ilusão perdida,
sente que, sem emoção
se derrama a própria vida!
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GEMIDO DO MAR...

MOTE:

O mar, num gemer sentido,
à praia abraçar-se vem;
e, eu sinto que o seu gemido,
geme em meu peito também!...
José Tavares de Lima
Juiz de Fora/MG

GLOSA:

O mar, num gemer sentido,
parece chorar ao léu,
feito um pássaro ferido
querendo voar ao céu!

Chorando um pranto tão triste
à praia abraçar-se vem;
parece que nada existe,
na solidão, sem ninguém!

Tenho o coração partido,
ao ouvir o seu lamento,
e, eu sinto que o seu gemido,
chega a mim, na voz do vento!

Eu sofro com sua dor.
Sinto no eterno vai-e-vem
que esse gemido de amor
geme em meu peito também!...
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PERTENÇO AO MAR

MOTE:

Ó Senhor! Com teu poder,
deixa na praia eu sonhar,
pois as ondas irão ver
que eu também pertenço ao mar.
Sarah Castelo Branco M. Rodrigues
Belém/PA

GLOSA:

Ó Senhor! Com teu poder,
eu te peço com carinho
que deixes eu poder ter,
este mar, em meu caminho!

Peço quase em oração.
Deixa na praia eu sonhar,
é lá que o meu coração
quer ser amado e amar!

O mar é meu bem – querer,
sinto-me contente, então,
pois as ondas irão ver
pulsar o meu coração!

Sou feliz, a cada dia.
Num novo recomeçar,
todos verão, com alegria,
que eu também pertenço ao mar.

Fonte:
Gislaine Canales. Glosas. Glosas Virtuais de Trovas XXII. 
In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. 
http://www.portalcen.org. novembro de 2004.

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