O intelectual paulistano Sérgio Milliet da Costa e Silva nasce em São Paulo, em 1898, filho de Fernando da Costa e Silva e Aida Milliet.
Com a morte da mãe, quando tinha dois anos, é criado pela avó, que em 1912 o envia para a Suíça, onde forma-se em Ciências Econômicas e Sociais na Universidade de Genebra.
Em 1925 retorna a São Paulo e, junto com os escritores Oswald de Andrade, e Afonso Schmidt, cria a revista Cultura. Em 1933 ajuda na fundação da Escola de Sociologia e Política - ESP, ocupando o cargo de secretário da instituição até 1935 e de professor a partir de 1937.
Sérgio Milliet, nome de proa na história contemporânea da cultura do Brasil, participa da Semana de Arte Moderna, interessando-se pelas diversas manifestações surgidas a partir de 1922. Sua ação interliga modernistas históricos às gerações sucessoras.
Com o ensaísta Paulo Duarte e o escritor Mário de Andrade, cria, em 1935, o Departamento de Cultura de São Paulo, tornando-se o primeiro diretor da Divisão de Documentação Histórica e Social, onde permanece até 1943, quando é transferido para a Divisão de Bibliotecas.
Como crítico literário colabora com as principais revistas de sua época: Klaxon, Terra Roxa, Revista do Brasil, Estética, A Plateia, Habitat, Quadrum e com os jornais O Tempo, A Manhã, Folha da Manhã e O Estado de S. Paulo, onde passa a escrever diariamente a partir de 1938.
Na década de 1950, atua em diversas frentes: diretor artístico do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, de 1952 a 1957, responde pela curadoria da 2ª, 3ª e 4ª edições da Bienal Internacional de São Paulo e da representação brasileira na Bienal de Veneza, em 1956, além de presidir a Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA.
Após a fusão da Associação Brasileira de Escritores com a Sociedade Paulista de Escritores, surge a U.B.E., que o elege para seu primeiro presidente, biênio de 1958 a 1960.
Além da poesia cultiva o ensaio, o romance, a crônica e a novela. Foi tradutor de vários estudos históricos e sociais do Brasil.
Em paralelo ao jornalismo profissional, dirige a Biblioteca Pública “Mário de Andrade”, na Pauliceia.
Morre em 1966, em São Paulo.
Fontes:
- Livro gentilmente enviado pelo autor
Cláudio de Cápua. Revolução na Pauliceia: Semana de Arte Moderna de 1922. 2.ed. São Paulo: EditorAção, 2019
– Enciclopédia Itaú Cultural
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