Se alguém me perguntar o que estou lendo atualmente, responderia que é um dos livros mais conhecidos e apreciados em todo o mundo depois da Bíblia. E com justa razão: as qualidades e os defeitos do ser humano, como indivíduo e não como peças de uma sociedade fria e desumana, tecem o pano de fundo destas aventuras sensacionais que ninguém se cansa de ler e reler ao longo dos tempos”. Isto li na contracapa deste romance que atravessa décadas e gerações e todos encontram em suas páginas aventuras cinematográficas insuperáveis. Lembro-me que o li na adolescência em texto reduzido e agora o faço em edição de texto integral. Assisti a alguns filmes que fizeram baseados em sua história. Sempre com sucesso. E o lema perdurará – “Todos por um, um por todos.”
Sabe-se que os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, pai, eram na realidade quatro com a incorporação do jovem e belo d’Artagnan, que tanto atrai o público feminino e as aventuras de capa-e-espada que empolgam os leitores. Seus nomes serão sempre lembrados: Athos, Porthos, Aramis e d’Artagnan, e quantas pessoas conhece-se com os nomes que os pais escolheram para os seus filhos. Isto prova a força que a literatura criativa e engenhosa exerce sobre o público de todas as idades.
Mas por que me ocorreu escrever a respeito deste famoso romance daquela época romântica da França? Justamente para justificar o título desta crônica despretensiosa. Também por que ouvi professores abordando o tema de leitura em um programa de rádio, em que uma pesquisa acusou que cerca de 60% disseram que leem livros regularmente, 24% o fazem ocasionalmente e 17% simplesmente não.
É possível que a enquete demonstre a realidade, não obstante saiba-se que hoje em dia a leitura de livros para entretenimento só seja realizada por aficionados, uma vez que existem tantos outros canais de diversão, tais como cinemas, TV aberta e a cabo, Internet, etc.
Outrossim, o desemprego que grassa em nossa sociedade leva as pessoas a procurarem se especializar em moderna tecnologia que abrange, com certeza, a Informática. Acontece que não sei até quando isto é válido, uma vez que a leitura sistemática de bons livros de assuntos os mais variados, sempre nos abre novos horizontes e a visão de empreendimentos de sucesso.
Aos que rebatem dizendo que não têm tempo para ler, respondo com a resposta que ouvi de uma psicóloga em programa de TV: “Não é a falta de tempo o problema para não lerem, e sim a falta de prioridade”. Digo mais: é a falta de gostar de ler. E está, mais uma vez, formado o círculo vicioso: não sabe, por que não lê; e não lê porque não sabe.
Espero que me compreendam, ou reflitam. Um dos nossos melhores poetas escreveu: “Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objetivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjetiva. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa de seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor.” Augusto Meyer (1902-1970), À Sombra da Estante: “Do Leitor”. – Dicionário Universal de Citações – Paulo Rónai.
Quero acrescentar que o escritor acima citado, foi nosso representante na Academia Brasileira de Letras para a qual foi eleito em 12.05.1960.
(Publicado em 23 de julho de 2003 – no Diário de Canoas)
Mas por que me ocorreu escrever a respeito deste famoso romance daquela época romântica da França? Justamente para justificar o título desta crônica despretensiosa. Também por que ouvi professores abordando o tema de leitura em um programa de rádio, em que uma pesquisa acusou que cerca de 60% disseram que leem livros regularmente, 24% o fazem ocasionalmente e 17% simplesmente não.
É possível que a enquete demonstre a realidade, não obstante saiba-se que hoje em dia a leitura de livros para entretenimento só seja realizada por aficionados, uma vez que existem tantos outros canais de diversão, tais como cinemas, TV aberta e a cabo, Internet, etc.
Outrossim, o desemprego que grassa em nossa sociedade leva as pessoas a procurarem se especializar em moderna tecnologia que abrange, com certeza, a Informática. Acontece que não sei até quando isto é válido, uma vez que a leitura sistemática de bons livros de assuntos os mais variados, sempre nos abre novos horizontes e a visão de empreendimentos de sucesso.
Aos que rebatem dizendo que não têm tempo para ler, respondo com a resposta que ouvi de uma psicóloga em programa de TV: “Não é a falta de tempo o problema para não lerem, e sim a falta de prioridade”. Digo mais: é a falta de gostar de ler. E está, mais uma vez, formado o círculo vicioso: não sabe, por que não lê; e não lê porque não sabe.
Espero que me compreendam, ou reflitam. Um dos nossos melhores poetas escreveu: “Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objetivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjetiva. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa de seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor.” Augusto Meyer (1902-1970), À Sombra da Estante: “Do Leitor”. – Dicionário Universal de Citações – Paulo Rónai.
Quero acrescentar que o escritor acima citado, foi nosso representante na Academia Brasileira de Letras para a qual foi eleito em 12.05.1960.
(Publicado em 23 de julho de 2003 – no Diário de Canoas)
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