PANTUN DA VIDA CIRCENSE
Trova tema:
No picadeiro da vida
às vezes somos palhaços:
com atitude fingida
maquiamos os fracassos.
(Hélio Pedro – RN)
Às vezes somos palhaços:
E nesse circo sem pano,
maquiamos os fracassos
ante a incerteza e o engano.
E nesse circo sem pano,
com tanta banalidade,
ante a incerteza e o engano,
as marcas vis da maldade.
Cora tanta banalidade,
vê-se em qualquer direção,
as marcas vis da maldade
moldando as marcas no chão.
Vê-se em qualquer direção,
a maldade desmedida,
moldando as marcas no chão
no picadeiro da vida.
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PANTUN DO FALSO ARREMEDO
Trova tema:
Nenhum ourives se atreve
a imitar - nem de arremedo
as filigranas de neve
dos galhos nus do arvoredo!
(Madalena Ferreira – RJ)
A imitar - nem de arremedo...
O que Deus fez e pintou
dos galhos nus do arvoredo
artista nenhum tentou.
O que Deus fez e pintou
com tinta de amor infindo,
artista nenhum tentou
pintar um quadro tão lindo.
Com tinta de amor infindo,
mas sem usar qualquer tinta,
pintar um quadro tão lindo
ninguém tentou ninguém pinta.
Mas sem usar qualquer tinta,
pintar galhos cor de neve,
ninguém tentou ninguém pinta,
nenhum ourives se atreve.
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PANTUN DO FRATERNO ABRAÇO
Trova tema:
O abraço meigo e fraterno,
refletindo nitidez,
no retrato fez eterno
tudo o que o tempo desfez.
(Hélio Alexandre – RN)
Refletindo nitidez,
guardo ainda por lembrança,
tudo o que o tempo desfez
nesta foto de criança,
Guardo ainda por lembrança,
a paz dos nossos perfis,
nesta foto de criança
que tanto nos fez feliz.
A paz dos nossos perfis,
está na fotografia
que tanto nos fez feliz
nas marcas de cada dia.
Está na fotografia,
a expressão do amor eterno,
nas marcas de cada dia,
o abraço meigo e fraterno,
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PANTUN DO TEU CORPO AUSENTE
Trova tema:
Levada por fantasia
de um desejo inconsciente,
eu beijo na cama fria
as formas de um corpo ausente!
(Rita Mourão – SP)
De um desejo inconsciente,
surge na luz da paixão
as formas de um corpo ausente,
presente nessa ilusão.
Surge na luz da paixão,
Tudo que o sonho permite
presente nessa ilusão,
nesse sonho sem limite.
Tudo que o sonho permite
Eu tento manter a calma,
nesse sonho sem limite
nos limites de minha alma.
Eu tento manter a calma,
na loucura que me guia,
nos limites de minha alma
levada por fantasia.
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PANTUN DO VELHO EGOÍSMO
Trova tema:
Por egoísmo e ganância
a Terra está dividida.
Tanto poder e arrogância,
ante a pobreza sofrida.
(Edy Soares – ES)
A terra está dividida.
Fome, morte, sonhos vãos;
ante a pobreza sofrida
poderes lavando as mãos,
Fome, morte, sonhos vãos;
miséria batendo às portas,
poderes lavando as mãos
da exclusão das almas mortas.
Miséria batendo às portas,
lamentando a crueldade,
da exclusão das almas mortas
em meio a tanta maldade.
Lamentando a crueldade
é triste essa mendicância
em meio a tanta maldade,
por egoísmo e ganância.
Fonte:
Professor Garcia. Poemas do meu cantar. Natal/RN: Trairy, 2020.
Livro enviado pelo autor.
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