Um poeta escreveu esta delicada poesia para todas as mães: “Ah!, se Deus ouvisse um dia minha prece ingênua e doce, que fosse mãe não morria, por mais velhinha que fosse...”. Nestes versos, a mais pura verdade: as mães verdadeiras, de qualquer idade, não deveriam morrer, pois elas são os anjos que Deus colocou na vida dos filhos. Que pena que muitos filhos só vão se dar conta do valor imenso das suas mães quando elas já partiram para a eternidade. Que bom que ainda existem tantos filhos que reconhecem, durante a vida inteira, o valor desta mãe que Deus lhes deu...
Na semana passada, na cidade de Gravataí, aconteceu um pequeno incidente que serve muito bem para mostrar o amor de um filho pela mãe. E este filho, envolvido no acontecimento, é um excepcional, com alguns problemas mentais. Um adulto que, por causa da sua doença, nunca deixou de se comportar como uma criança. Uma criança que anda por todo o centro de Gravataí e que conhece todo mundo. Uma criança grande que não perde uma peça de teatro, pois adora ver os outros representando.
E ele estava lá, naquela noite, o cine-teatro quase lotado. Prestava muita atenção em tudo o que acontecia no palco. Batia palmas para quase todas as cenas e o seu sorriso conseguia ser mais luminoso do que o lusco-fusco das luzes coloridas que davam mais vida para as cenas que se desenrolavam. Sentado na primeira fila de cadeiras, ele parecia ser o espectador mais concentrado entre todos os presentes. A peça encenada era um drama. E as partes foram se desenrolando com muita veracidade, fazendo crescer o silêncio dentro do teatro, conforme se aproximava o clímax da apresentação. A história terminava com um filho desferindo uma facada mortal na sua mãe. Foi exatamente no momento em que o ator levantou a faca para cravar no peito da apavorada mulher que o silêncio foi quebrado pelo desespero da voz do excepcional: “Não, não, não, mãe não se mata”, repetia ele, chorando e tendo que ser contido para não subir ao palco em direção ao espantado ator que estava com a faca. O espetáculo parou. Foi muito difícil convencer aquele menino-grande que aquela cena não era verdadeira e que nada iria acontecer para aquela mãe. Chorando, rodeado por tantos conhecidos, ele repetia: “Mãe não se mata, mãe não se mata...”.
Os atores, mesmo parando de representar, foram aplaudidos pelo público. E quem ganhou mais aplausos foi exatamente aquela mãe que o nosso menino-grande “salvou a vida”: ela desceu do palco e veio, docemente, como faria qualquer mãe, dar um abraço no rapaz excepcional que fez o espetáculo parar. E ele só parou de chorar quando sentiu que aquela mãe estava ali, sã e salva, sem nenhum arranhão. “Mãe não se mata”, ainda repetiu mais uma vez, colando o seu rosto molhado no regaço daquela mulher desconhecida que lhe provocara tanta emoção. Um pequeno incidente. Mas que serviu para mostrar a grandeza do amor de um filho por uma mãe. Na visão clara daquele moço excepcional, não existe nada mais grave do que matar uma mãe. Foi por isso que ele gritou bem forte, para todo mundo ouvir, que “mãe não se mata”. Foi por isso, também, que ele ganhou a maioria dos aplausos: por ter conseguido dar um final feliz para aquela bonita peça teatral.
Na semana passada, na cidade de Gravataí, aconteceu um pequeno incidente que serve muito bem para mostrar o amor de um filho pela mãe. E este filho, envolvido no acontecimento, é um excepcional, com alguns problemas mentais. Um adulto que, por causa da sua doença, nunca deixou de se comportar como uma criança. Uma criança que anda por todo o centro de Gravataí e que conhece todo mundo. Uma criança grande que não perde uma peça de teatro, pois adora ver os outros representando.
E ele estava lá, naquela noite, o cine-teatro quase lotado. Prestava muita atenção em tudo o que acontecia no palco. Batia palmas para quase todas as cenas e o seu sorriso conseguia ser mais luminoso do que o lusco-fusco das luzes coloridas que davam mais vida para as cenas que se desenrolavam. Sentado na primeira fila de cadeiras, ele parecia ser o espectador mais concentrado entre todos os presentes. A peça encenada era um drama. E as partes foram se desenrolando com muita veracidade, fazendo crescer o silêncio dentro do teatro, conforme se aproximava o clímax da apresentação. A história terminava com um filho desferindo uma facada mortal na sua mãe. Foi exatamente no momento em que o ator levantou a faca para cravar no peito da apavorada mulher que o silêncio foi quebrado pelo desespero da voz do excepcional: “Não, não, não, mãe não se mata”, repetia ele, chorando e tendo que ser contido para não subir ao palco em direção ao espantado ator que estava com a faca. O espetáculo parou. Foi muito difícil convencer aquele menino-grande que aquela cena não era verdadeira e que nada iria acontecer para aquela mãe. Chorando, rodeado por tantos conhecidos, ele repetia: “Mãe não se mata, mãe não se mata...”.
Os atores, mesmo parando de representar, foram aplaudidos pelo público. E quem ganhou mais aplausos foi exatamente aquela mãe que o nosso menino-grande “salvou a vida”: ela desceu do palco e veio, docemente, como faria qualquer mãe, dar um abraço no rapaz excepcional que fez o espetáculo parar. E ele só parou de chorar quando sentiu que aquela mãe estava ali, sã e salva, sem nenhum arranhão. “Mãe não se mata”, ainda repetiu mais uma vez, colando o seu rosto molhado no regaço daquela mulher desconhecida que lhe provocara tanta emoção. Um pequeno incidente. Mas que serviu para mostrar a grandeza do amor de um filho por uma mãe. Na visão clara daquele moço excepcional, não existe nada mais grave do que matar uma mãe. Foi por isso que ele gritou bem forte, para todo mundo ouvir, que “mãe não se mata”. Foi por isso, também, que ele ganhou a maioria dos aplausos: por ter conseguido dar um final feliz para aquela bonita peça teatral.
Um comentário:
A leveza e a nitidez da narrativa levaram-me até o teatro de Gravataí, onde presenciei o final
emocionante. Adorei.
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