DESFILE DAS FLORES
Na passarela encantada,
no lindo reino das flores,
todas as belas desfilaram
espalhando feitiço e amores.
A ordem foi determinada
por sua majestade o girassol,
que imponente e belo,
coordenou todo o desfile
com sua coroa de raios de sol.
A primeira foi a violeta,
que singela e bela,
dominou a passarela.
Depois veio o amor-perfeito
com toda a graça e beleza,
uma joia da natureza.
O lírio, por ser perfeito,
deu à festa tom de pureza
desfilando sua beleza.
E a altiva e bela orquídea,
com toda sofisticação,
desfilou com perfeição.
Depois com saia de pétalas
veio a linda margarida,
girando bem atrevida.
E a meiga madressilva
Com toda a delicadeza
desfilou com graça e beleza.
A Maria-sem-vergonha
debochada como só ela é,
desfilou, riu, e deu no pé.
E chegou a onze horas
colorindo a passarela,
todos deram passagem a ela.
E a divertida boca -de- leão
chegou beijos jogando
e os cravos se apaixonando.
E por fim a bela rainha
sua majestade a rosa amarela
fechou o desfile na passarela.
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PRIMAVERA
Primavera!
Com seu singular perfume festeja a vida,
afastando a dormência do frio inverno,
espantando as névoas e o cinza,
colorindo e dando brilho a todas as coisas,
sugerindo o amor
e fazendo com que o amor se intensifique
no movimento dos insetos e dos animais,
no canto e na dança das aves multicores,
fazendo com que o mundo retome sua força plena
na explosão do brotar da vegetação!
Primavera!
Quisera eu ter o poder de mantê-la sempre em minha vida,
jamais deixá-la partir,
reter perpetuamente o seu perfume,
a festa de suas cores, seu brilho intenso,
a sensualidade que paira em seu ar!
Com sua força, primavera, quisera eu poder impedir
que o triste inverno um dia chegasse aos meus dias.
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SÚPLICA DE UM PECADOR
Pelos caminhos que percorri
eu sempre procurei semear flores.
Algumas sementes brotaram,
outras secaram, pela aridez,
pelo descaso, por falta de amor.
Tentei cumprir a minha parte
procurando não espalhar espinhos,
não ferir a quem estava à minha volta;
mas como não sou infalível,
assim como muitos, eu sei que pequei,
outras vezes me omiti, ou me calei.
A cada esquina do meu caminhar
recebi novos ensinamentos, nova lição,
se os apliquei bem, não tenho como julgar,
pois tal juízo não me cabe, mas sim a Ele,
ao Senhor que rege todas as coisas.
Então, nesta minhas oração, eu Lhe suplico:
Meu Deus, se for possível, absolvei-me!
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TE CUTUCO! NÃO CUTUCA! TE CUTUCO! NÃO CUTUCA!
Foi na mágica e quente Bahia
do século dezenove, que ele nasceu.
Numa animada roda de dança
num terreiro no alto do morro.
A festa estava muito animada,
quando o Zé provocou o Chico
que dançava com a Maria Fulô.
E a provocação virou briga,
briga das feias, um grande fuzuê.
O Zé puxou de um estoque,
e com passos de capoeira
ele dizia para o Chico: - te cutuco!
E o Chico respondia: - não cutuca!
E era uma briga esquisita
parecendo mais que dançavam
numa cantilena monótona:
- Te cutuco! - Não cutuca!
- Te cutuco! – Não cutuca!
- Não cutuca que eu te taco a mão!
- Te cutuco! Não cutuca!
- Olhe, eu vou te cutucar!
- Cutuca cabra safado,
pois vou a sua cara quebrar!
E a briga ficou nisso, até se acabar.
no ritmo quente dessa marcação
foi que o samba nasceu no morro,
desceu de lá e se espalhou nos salões,
se tornando unanimidade nacional!
Fonte:
Facebook do poeta.
Facebook do poeta.
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