DESENVOLVENDO SUA PERSONAGEM PRINCIPAL E ESBOÇANDO A HISTÓRIA
1. Crie o detetive.
Sua personagem principal também pode ser um cidadão comum ou o espectador inocente de um crime que se envolve na solução do mistério. Faça um brainstorm de detalhes específicos do seu protagonista, incluindo:
O tamanho e o formato do corpo, a cor do cabelo e dos olhos e quaisquer outras características físicas. Por exemplo, você poderá ter uma personagem principal feminina baixinha e com cabelo escuro, óculos e olhos verdes, ou pode querer um detetive mais típico: alto, com o cabelo penteado para trás e a barba por fazer.
Roupas: o vestuário da sua personagem não vai só criar uma imagem mais detalhada para o leitor, mas também pode indicar em que período de tempo sua história se passa. Por exemplo, se a personagem principal usa uma armadura pesada e um elmo com um timbre, o leitor perceberá que a narrativa se passa na época medieval. Caso o protagonista use uma blusa com capuz, calça jeans e uma mochila, seus leitores saberão que a história provavelmente se passa na era contemporânea.
O que torna a personagem principal única: é importante criar um protagonista que se destaque para o leitor e que pareça ser cativante o suficiente para sustentar várias páginas em uma história ou romance. Pense sobre o que a personagem gosta ou não gosta. Talvez sua detetive feminina seja tímida e desajeitada em festas, e tenha uma paixão secreta por répteis. Ou talvez o investigador seja um completo tolo e não se considere esperto ou forte. Concentre-se em detalhes que ajudarão a criar uma personagem principal única e não tenha medo de usar aspectos da sua vida pessoal ou das suas próprias preferências e gostos.
2. Determine o ambiente.
Coloque a história em um cenário que você conheça bem, como sua cidade natal ou sua escola, ou faça uma pesquisa sobre um local com o qual não esteja familiarizado, como a Califórnia dos anos 1970 ou a Inglaterra dos anos 1940. Se for usar um espaço que não conhece em primeira mão, concentre-se em contextos específicos, como uma casa de subúrbio na Califórnia dos anos 1970 ou uma pensão na Inglaterra dos anos 1940.
Caso você decida situar a sua história em um período de tempo ou localização com os quais não esteja familiarizado, faça uma pesquisa sobre eles em sua biblioteca local, fontes online ou entrevistas com especialistas em um determinado período de tempo ou espaço. Seja específico em suas pesquisas e durante suas entrevistas para garantir que você obtenha todos os detalhes.
3. Crie o enigma.
Nem todos os mistérios precisam ter um assassinato ou crime grave, mas quanto maior o crime, geralmente maiores os riscos na história. Os riscos altos são importantes porque envolvem o leitor e dão a ele uma razão para continuar a ler. As possíveis origens do mistério poderiam ser:
– Um item é roubado da sua personagem principal ou de alguém próximo a ela.
– Uma pessoa próxima ao protagonista desaparece.
– A personagem principal recebe bilhetes ameaçadores ou perturbadores.
– O protagonista testemunha um crime.
– A personagem principal é convidada para ajudar a resolver um crime.
– O protagonista se depara com um mistério.
Você também pode combinar vários destes cenários para criar um mistério com mais camadas. Por exemplo, um item pode ser roubado da sua personagem principal, uma pessoa próxima a ela pode desaparecer, e a personagem pode testemunhar um crime e depois ser convidada para ajudar a resolvê-lo.
4. Decida como vai complicar o enigma ou o mistério.
Crie tensão na história tornando difícil para o protagonista resolver o quebra-cabeça. Você pode usar obstáculos como outras pessoas ou suspeitos, pistas falsas e enganosas ou outros crimes.
Crie uma lista de possíveis suspeitos que a personagem principal pode encontrar ao longo da história. Você pode usar vários para colocar o detetive ou o leitor na direção errada, criando suspense e surpresa.
Escreva uma lista de pistas. As manobras de diversão são pistas falsas ou enganosas. Sua história será mais forte se você incluir várias manobras desse tipo na história. Por exemplo, a personagem principal poderá encontrar uma pista que aponta para um suspeito, porém mais tarde descobrir que ela na verdade está ligada a outro. Ou o detetive poderá encontrar uma pista sem perceber que ela é crucial para desvendar todo o mistério.
5. Use ganchos para manter a história interessante.
O gancho é um momento, geralmente no final de uma cena, em que o protagonista fica em uma situação que o prende ou o coloca em perigo. Ele é importante em um mistério porque mantém o leitor envolvido e impulsiona a história para frente. Possíveis ganchos poderiam ser:
– A personagem principal está investigando uma pista sozinha e encontra o assassino.
– O protagonista começa a duvidar de suas habilidades e abaixa a guarda, permitindo que o assassino mate novamente.
– Ninguém acredita na personagem principal. Ela tenta solucionar o crime sozinha e acaba sendo sequestrada.
– O protagonista é ferido e preso em um lugar perigoso.
– A personagem principal perderá uma pista importante se não puder sair de um determinado local ou situação.
6. Crie uma resolução ou final.
Encerre a história com a solução para o enigma. No final da maior parte dos mistérios, a personagem principal tem uma mudança positiva na perspectiva dela. As possíveis resoluções incluem:
– O protagonista salva alguém próximo a ele ou uma pessoa inocente envolvida no mistério.
– A personagem principal se salva e muda por causa de sua coragem ou inteligência.
– O protagonista expõe um mau caráter ou uma organização criminosa.
– A personagem principal expõe o assassino ou a pessoa responsável pelo crime.
7. Faça um rascunho da história.
Agora que você já considerou todos os aspectos, crie um contorno claro da trama. É importante mapear como exatamente o mistério vai se desdobrar antes de sentar para escrever a narrativa, pois assim será possível garantir que não haja pontas soltas. Seu esboço deverá seguir a ordem em que os eventos ou pontos do enredo acontecerão. Ele deve incluir:
– A apresentação da personagem principal e do cenário.
– O incidente ou crime desencadeador da ação.
– A chamada para a ação: o protagonista se empenha na solução do crime.
– Testes e tribulações: a personagem principal encontra pistas e potenciais suspeitos e tenta se manter viva enquanto busca a verdade. As pessoas próximas podem ser sequestradas como ameaça.
– A provação: o protagonista acredita que encontrou uma pista ou suspeito chave e que resolveu o crime. Esta é uma falsa resolução e uma boa maneira de surpreender o leitor quando ficar provado que a personagem principal entendeu errado.
– O grande revés: tudo parece perdido para o protagonista. Ele encontrou o suspeito ou a pista errados, outra pessoa foi morta ou ferida e todos os seus aliados já o abandonaram. Um grande revés vai aumentar a tensão na história e manter o leitor interessado.
– A revelação: a personagem principal reúne todas as partes interessadas, expõe as evidências, explica as pistas falsas e revela quem é o assassino ou culpado.
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Continua…
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