Ela nasceu como nascem todas as crianças. Veio ao mundo para ensinar como se vive, para ensinar como se batalha.
Ó Joana, criança querida, que por meio dos seus pensamentos, com os anjos conversava. E conversava porque sabia ouvir o seu destemido coração. Na sua breve juventude foi chamada para defender seu povo e com bravura seguiu o seu destino.
Tinha Joana, doce menina, que expulsar os ingleses que estavam tomando uma terra, uma pátria, uma história que não lhes pertenciam. Costume comum dos homens da Terra, desejar vitória por meio de ganância e conflito. Mas Joana não pensava assim. Foi feita de coragem, esculpida de estratégia para a justiça servir. Procurou a ajuda de um experiente guerreiro, que devia enviá-la até o Delfim. Mas ele não confiou na sua missão e, de princípio, negou apoio. Mas passados alguns dias, vendo os arredores de sua aldeia sendo sitiados pelos invasores ingleses, chamou por Joana, lhe deu cavalo, armadura e uma carta para ser entregue a Delfim. Chegando ao destino, ela contou de sua missão e o Delfim concedeu uma tropa para vencer o povo inimigo, devolver a coroa ao seu rei e libertar o seu povo.
Aos 18 anos, a menina se fez guerreira. Uma guerreira que protegeu o seu próprio rei e que foi capaz de derrubar as estratégias dos renomados generais para colocar em prática as suas, e com seus guerreiros vencer os quase invencíveis ingleses. Libertou Orleãs e viu o Delfim receber de volta a coroa que um dia foi a ele confiada, e que por suas dispersões a deixou cair no chão para que o inimigo a apanhasse e brigasse por ela como se tivesse algum direito.
A festa da coroação marcou um grande momento de glória da menina valente, que amou e confiou por inteiro na sua trajetória. Pouco depois Joana foi pega por Borgonheses, inimigos que a venderam para os ingleses e que a aprisionaram. Mesmo presa, ela continuou firme, certa de que tudo seria como deveria ser. Dali saiu para o tribunal. Na tribuna foi acusada por supostas práticas de bruxaria. Os juízes, a ela perguntaram três vezes qual era o seu pacto com o demônio. E por três vezes Joana acendeu a chama do seu coração dizendo que não tinha pacto algum com o mal. Era a sua chance de liberdade.
Porém, ao ouvir a sua sentença de morte, humanamente se viu numa enorme agitação. E com a sua voz doce disse que confessaria o que desejassem. Joana, sufocada em meio a tanta impiedade e injustiça. quase desistiu da luta. Mas os seus anjos não a abandonaram. E em verdade nem ela tinha os abandonado. Voltou atrás e se entregou à justiça.
Com os olhos fixos a uma cruz, incorporou o seu corpo às chamas de uma fogueira em plena praça. E naquelas chamas, renasceu. Joana que na ocasião em questão tinha apenas 19 anos, podia fugir e viver sua juventude, não fugiu. Persistiu, defendeu seu povo dos invasores. Ela que pelo fogo renasceu para todo sempre ser: Joana D'Arc, a guerreira menina, mulher!
Fonte:
Texto enviado pela autora.
Texto enviado pela autora.
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