A origem do nome concedido à freguesia de Benfica é ainda um mistério. Foram avançadas as mais diversas propostas, desde as mais românticas e palacianas até às puramente linguísticas. Uma das teorias defende que se dizia que "bem fica” localizada esta zona. Uma ideia criada pela riqueza agrícola e pela abundância e qualidade das suas águas. Outra, conta que D. João l, ao dar a sua bela Quinta de São Domingos aos padres dominicanos, dissera a D. João das Regras que o acompanhava: “Aqui bem-fica o convento.”
O que se sabe e está registrado, é que no século Xlll já existia a localidade com esse nome. Os habitantes mais antigos, desde o princípio da nacionalidade, foram apelidados de “saloios”, palavra que vem do árabe e designava os mouros “forros” ou livres. Estes muçulmanos tinham decidido acomodar-se a algumas normas dos cristãos e puderam, por isso, continuar nas suas terras. Eram uma gente esperta, trabalhadora, astuta nos negócios, alegre e persistente.
Se, outrora, Benfica esteve fora da área limítrofe de Lisboa, hoje é uma freguesia urbanizada. Benfica de outros tempos é descrita como uma localidade onde as quintas se seguiam umas às outras, a verdadeira horta de Lisboa. Entre as quintas mais famosas encontram-se a de Pedralvas, Tojal, Charquinho e Casquinha.
Os saloios de Benfica deslocavam-se a Lisboa para venderem frutos, legumes e flores. Ao mesmo tempo, coexistia a Benfica dos palácios, quintas grandiosas e casas de campo da aristocracia que fugia da vida da cidade, refugiando-se na então distante província. As festas sempre foram uma constante do bairro.
Bastará lembrar que alguns dos mais famosos retiros de “fora de portas” ficavam nesta zona. Bailes, arraiais, fados e petiscos, eram uma constante na região. As grandes mudanças na fisionomia de Benfica ocorreu já no século XX, quando o ar rural desapareceu e deu lugar a grandes urbanizações. Hoje, é um bairro habitacional dos mais populosos de Lisboa, mas Benfica não perdeu a sua alma.
O Clube Futebol Benfica (CFB) – o popular “Fófó”, fundado em 1933, tem um passado de que se orgulha. Foi várias vezes campeão em diversas modalidades, destacando-se os Campeonatos Nacionais de Hóquei em Patins e Hóquei em Campo. Mas nada de confusões com o outro Benfica, (o Sport Lisboa), conhecido mundialmente, principalmente, no mundo do futebol.
O Clube Futebol Benfica, dedica grande parte das suas energias à causa desportiva, sem descurar a componente cultural que tem como ponto forte a Marcha de Benfica. Assim, mais de mil jovens e adultos da freguesia têm a oportunidade de ocupar os seus tempos livres em modalidades desportivas, como o futebol, voleibol, handebol de sete, basquetebol, “rugby”, atletismo, ginástica, pesca desportiva, natação, tênis de mesa e “caratê”.
MARCHA DE BENFICA
(1935)
Letra de Norberto de Araújo
Música de Raúl Ferrão
“Eh raparigas
Isto agora é andarmos pra frente
Saltam cantigas aos molhos
Um riso nos olhos
E coração quente.
Cá vai Benfica
E quem fica não vai com certeza
Ser alegre é que é preciso
Pois quem tem o riso
Tem sempre beleza.
(Refrão)
Olha a marcha de Benfica
Qual saloia cantadeira
Que entra na festa contente
Ai, ninguém fica sem cantar
a vida inteira.
A linda marcha da nossa gente.
Haja alegria
Alegria é um bem que se abraça
Um desejo uma quimera
Por isso se espera
A marcha que passa.
Cá vai Benfica
Toda alegre e contente pra dança
Há sempre um sorriso suspenso
Um tesouro imenso
Que nos vem da herança.
(1935)
Letra de Norberto de Araújo
Música de Raúl Ferrão
“Eh raparigas
Isto agora é andarmos pra frente
Saltam cantigas aos molhos
Um riso nos olhos
E coração quente.
Cá vai Benfica
E quem fica não vai com certeza
Ser alegre é que é preciso
Pois quem tem o riso
Tem sempre beleza.
(Refrão)
Olha a marcha de Benfica
Qual saloia cantadeira
Que entra na festa contente
Ai, ninguém fica sem cantar
a vida inteira.
A linda marcha da nossa gente.
Haja alegria
Alegria é um bem que se abraça
Um desejo uma quimera
Por isso se espera
A marcha que passa.
Cá vai Benfica
Toda alegre e contente pra dança
Há sempre um sorriso suspenso
Um tesouro imenso
Que nos vem da herança.
Fonte:
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
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