segunda-feira, 13 de maio de 2019

Hildemar Cardoso Moreira (Poemas Avulsos)


CACÓFATOS DO AMOR

A  Neusa

Minha bela e doce amada
Ó querida esposa minha
Tu serás eternamente
A minha meiga rainha,
E o amor que hoje te tenho
Ainda é o mesmo que te tinha.

Hoje é o aniversário
De nossa feliz união,
Receba pois a homenagem
De todo o meu coração
E o amor que deixo patente
Nos versos que por ti são.

Nestes versos, minha amada
Vai a homenagem singela
De quem vislumbra no verso
A mais bonita aquarela
E que tem dentro do peito
Coração que por ti gela.

Querida, com a certeza
Que eu vivo para adora-la
Receba toda a ternura
No suspiro que se exala
Do peito deste poeta
Que não se cansa de ama-la.

FOI ENGANO

                     Querida Neusa

Se me ponho a lembrar os tempos idos,
Se busco reviver o meu passado,
A imagem de meus entes mais queridos
Me vem como a um retrato contemplado.

E folhando meus escritos de outras eras
Vejo poemas de amor impregnados,
Plenos de realismo e de quimeras
Que existe em corações apaixonados.

E relendo meus escritos do passado
Li um soneto que eu compus qual derrotado,
Porque havia perdido minha amada.

Foi engano, meu Deus, pois felizmente.
O amor falou mais alto e num repente,
Nos unimos pra trilhar a mesma estrada.

MEU CHIMARRÃO

Sempre quando me acordo
Louvo a Deus numa prece
Como o filho que agradece
Tantas graças recebidas.
Tão grandes que não se mede
As graças que nos concede
Em todas as nossas vidas.

Me levanto, lavo o rosto,
Ponho a chaleira na chama
Pois o apetite reclama
O sabor de um chimarrão.
Eu penso que sou viciado,
Nesse recurso abençoado
Nessa gostosa infusão.

Certa feita conversando
Declarou uma boticária
Que erva mate LEGENDÁRIA
No falar de muitas crenças
Além de muito gostosa,
É uma seiva milagrosa,
Remédio pra várias doenças.

Não sei se a crença exagera,
Mas sei que o Xande queria
Que fosse pura e sadia
Da fonte a fabricação,
E seus filhos respeitosos
Sempre do pai orgulhosos
Vem mantendo a tradição.

E a tradição dessa erva
Não vem do tempo do Monge.
Mas vem de longe, muito longe,
Já de outra geração,
Sempre mantendo a pureza
Do que vem da natureza
Pra um gostoso chimarrão.

MEU CORPO

Quase um século de vida aqui na terra
Tem o corpo que altivo me sustenta,
E a gene de ancestrais nele descerra
Em várias circunstâncias que ele enfrenta.

Exausto, algumas  vezes se declina,
Mas retorna para a luta cotidiana,
Porque aquilo que eu sou,lhe determina
Cumprir o que, do Alto então se emana.

E relembrando o tempo já vivido
Esse corpo se sente agradecido
Pela alma que dirige os passos seus.

Porque entende que o corpo necessita
De uma alma que o dirija e que reflita
Nos respeitos que devemos para Deus.

NOSSA PROMESSA DE AMOR

Já quando jovem, Deus brindou-me a vida
Com a beleza de mulher prendada
Que então por Ele foi-me concedida
Ante a promessa de ser sempre amada.

Entrelaçamos, por isso, nossas almas
Num “SIM” que então dissemos comovidos,
Para vivermos horas tensas e horas calmas
Deixando o amor guiar nossos sentidos.

E esse amor que é inconcluso e ardente
Sessenta anos vem norteando a gente
Tal como um raio de luminosidade.

Os anos passam, e nós envelhecemos
Mas a promessa sempre manteremos
Se é eterna a vida, pela eternidade.

PRECE PELA COMUNIDADE

Ao Colegio Miguel Franco Filho

Contenda terra querida
Que ao poeta deste guarida,
Dás o teto, dás o pão.
Por isso em versos que faço,
Eu vos concedo um pedaço
De meu grande coração.

Comunidade de bravos,
De brasileiros e eslavos,
Que Deus no mundo criou.
O teu passado distante
Nos lembra o forte emigrante,
Quando em teu solo aportou.

Irmanando-se ao altivo,
Ao brasileiro nativo,
Forma a raça varonil,
Que com luta e braço forte
Exporta ao sul e ao norte,
O cereal para o Brasil.

Contenda, teu nome á luta,
Mas não é guerra, é labuta,
É demanda pela paz.
Se plantar a Deus agrada,
Quer com trator ou enxada,
Teu filho é isso que faz.

Mas o terno e deslumbrante,
É em manhã de sol radiante,
Em uniforme escolar,
Ver teus filhos bem contentes,
Bandos tafuís sorridentes,
O aprendizado a buscar.

É de Deus a criatura,
Buscando beber cultura
Que é na vida um bem precioso.
Eu vejo em ti mocidade,
Marchar a comunidade
Pra um futuro esplendoroso.

Se este poeta merecesse,
Que Deus do céu concedesse,
Por amor ou por piedade,
Uma graça eu pediria:
Que só reinasse alegria
Em nossa comunidade.

QUEM DIRIA

Quem diria, meu Deus, oh quem diria
Que chegássemos a idade que chegamos
Ouvindo o eco do SIM que aquele dia
Há cinquenta anos nervosos pronunciamos.

Éramos dois, então, que se amavam
Há quanto tempo não sei eu, você ignora
Se nossas almas já antes se cruzavam
Ou se talvez o nosso amor nasceu agora.

O que eu sei, querida, é que esse amor é grande
Que junto a ti eu vivo onde quer que eu ande
Seja na terra, no mar ou nos espaços.

Meio século faz que juntos palmilhamos
Vivendo o mesmo amor que na paixão juramos.
Entre brigas de amor, beijos e abraços.

SER MÃE

Quisera homenagear-te minha amada
Pelo fato de ser mãe de minha filha.
Porém  já fostes por Deus homenageada
Ao conceder-te ser mãe, que maravilha!

Já quando planejou povoar a terra,
O Excelso Criador, a Sua semelhança
Criou o homem que no peito encerra
O sonho de ser pai de uma criança.

E criou a mulher com tal ternura
Para nela perpetuar a criatura,
No ventre santo porque é gerador.

Você querida gerou essa menina
Que já é mãe numa missão divina,
Ambas florindo meu jardim do amor.

Fonte:

Um comentário:

Unknown disse...

AGRADECENDO
Ao Dr. Jose Feldman
SINGRANDO HORIZONTES
Rebusca em diversas fontes
Versos bons a publicar.
JOSE FELDMAN que é Doutor
Houve por bem dar valor
Aos rudes versos de Hildemar.

Por isso, o culto operário
Do PAVILHÃO LITERÁRIO
A nosso aplauso faz jus
Singrando mares imensos
Por vezes de brumas densos
Em busca sempre de luz;

Do publicado em apreço
De coração vos agradeço
Grande poeta e trovador
De admirar-vos não falho
Porque põe em seu trabalho
Desprendimento e amor.
Contenda, 14/05/2019 - Hildemar