O FANTASMA
O armário, numa alcova, junto à cama,
é o último refúgio de um sabido,
quando, nos braços quentes de quem ama,
ouve, na escada, os passos do marido.
Não sou desses vilões que o povo chama
de “pé-de-pano” ou nome parecido.
Outro seria o fim do mesmo drama,
se eu fosse em tal colóquio surpreendido.
Eu sinto falta de ar, eu sofro de asma,
por isso, em vez de entrar no guarda-roupa,
pego o lençol, dou uma de fantasma,
e faço – ú ú – num passo de balé.
O marido, assustado, grita: – Opa!
recua, ganha a porta, e dá no pé!
O armário, numa alcova, junto à cama,
é o último refúgio de um sabido,
quando, nos braços quentes de quem ama,
ouve, na escada, os passos do marido.
Não sou desses vilões que o povo chama
de “pé-de-pano” ou nome parecido.
Outro seria o fim do mesmo drama,
se eu fosse em tal colóquio surpreendido.
Eu sinto falta de ar, eu sofro de asma,
por isso, em vez de entrar no guarda-roupa,
pego o lençol, dou uma de fantasma,
e faço – ú ú – num passo de balé.
O marido, assustado, grita: – Opa!
recua, ganha a porta, e dá no pé!
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