CARIDADE E PERDÃO
Caridade verdadeira,
em todos os seus caminhos,
quando oferece uma rosa
sabe tirar os espinhos.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
ESQUECE
Repara a terra pobre, humilde e boa,
enlameada ao temporal violento...
A golpes rudes de granizo e vento,
olvida em paz a injúria que a magoa.
Depois, a vida tece-lhe a coroa
de pétalas luzindo ao firmamento...
E, feliz ante o mundo desatento,
mais se embeleza quanto mais perdoa.
Assim também, esquece o lodo e a ofensa.
Que a tormenta de trevas te não vença
a nobreza dos sonhos redentores!...
Seja o perdão o apoio a que te arrimes,
e desabrocharás em dons sublimes
como a terra insultada ri-se, em flores.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
ESSA MIGALHA
No reino de teu lar em paz celeste,
repara quantas sobras de fartura!...
O pão dormido que ninguém procura,
o trapo humilde que não mais se veste...
Do que gastaste, tudo quanto reste,
arrebata o melhor à varredura
e socorre a aflição e a desventura
que respiram gemendo em noite agreste!...
Teu gesto amigo florirá perfume,
bênção, consolo, providência e lume
na multidão que segue ao desalinho...
E quando o mundo te não mais conforte,
essa leve migalha, além da morte,
fulgirá como estrela em teu caminho.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
GLÓRIA DO BEM
A anônima semente pequenina
atirada por mão piedosa e boa,
parecia dormir no charco, à toa,
sorvendo o sol aos beijos da neblina...
Depois cresceu, abrindo-se em coroa,
árvore nobre a frondejar, divina,
fruto a fazer-se pão que nutre e ensina,
flor que perfuma, tronco que perdoa!...
Assim é o humilde que semeias
pelo espinheiral das dores alheias
que sombra, provação e angústia encerra...
Hoje, singela dádiva perdida,
amanhã será luz, beleza e vida
dulcificando as lágrimas da Terra.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
INSTRUÇÕES DA VIDA
Ofensa, pedrada, espinho,
injúria, maldade ou lama...
Tudo vence no caminho
o coração de quem ama.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
LÁGRIMAS
Benditas sejam, torturando embora,
as lágrimas que a vida transfigura
na fonte generosa, viva e pura
de perfeição e luz para quem chora.
Lírios e estrelas de celeste alvura,
entre as sombras da mágoa que aprimora,
rolam do coração, lembrando a aurora
no imenso caos da imensa noite escura!...
Benditas sejam! Lágrimas divinas
como flores brilhando sobre as ruínas,
que a provação estende, véspera e franca...
Mas, acima da bênção que as alveja,
ante a glória do amor, bendita seja
a mão da caridade que as estanca!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
LEMBRANÇA DE IRMÃ
Ah! minha Nina amada, abelha mansa
da colmeia a que o Mestre se afeiçoa.
Guarda contigo, ovelha humilde e boa,
a saudade no escrínio da esperança!
Alma de arminho, cândida criança,
mensageira do bem que aperfeiçoa,
Deus te enriqueça! Aureole-te a coroa
de eternidade e bem-aventurança!
Flor! – guarde-te o sol do amor divino,
Estrela! – acende o lume peregrino,
Irmã! – toda a ternura te reveste!
Espera e ama! exulta de alegria,
que os teus amados chegarão, um dia,
ao teu templo de luz no Lar Celeste!…
Caridade verdadeira,
em todos os seus caminhos,
quando oferece uma rosa
sabe tirar os espinhos.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
ESQUECE
Repara a terra pobre, humilde e boa,
enlameada ao temporal violento...
A golpes rudes de granizo e vento,
olvida em paz a injúria que a magoa.
Depois, a vida tece-lhe a coroa
de pétalas luzindo ao firmamento...
E, feliz ante o mundo desatento,
mais se embeleza quanto mais perdoa.
Assim também, esquece o lodo e a ofensa.
Que a tormenta de trevas te não vença
a nobreza dos sonhos redentores!...
Seja o perdão o apoio a que te arrimes,
e desabrocharás em dons sublimes
como a terra insultada ri-se, em flores.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
ESSA MIGALHA
No reino de teu lar em paz celeste,
repara quantas sobras de fartura!...
O pão dormido que ninguém procura,
o trapo humilde que não mais se veste...
Do que gastaste, tudo quanto reste,
arrebata o melhor à varredura
e socorre a aflição e a desventura
que respiram gemendo em noite agreste!...
Teu gesto amigo florirá perfume,
bênção, consolo, providência e lume
na multidão que segue ao desalinho...
E quando o mundo te não mais conforte,
essa leve migalha, além da morte,
fulgirá como estrela em teu caminho.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
GLÓRIA DO BEM
A anônima semente pequenina
atirada por mão piedosa e boa,
parecia dormir no charco, à toa,
sorvendo o sol aos beijos da neblina...
Depois cresceu, abrindo-se em coroa,
árvore nobre a frondejar, divina,
fruto a fazer-se pão que nutre e ensina,
flor que perfuma, tronco que perdoa!...
Assim é o humilde que semeias
pelo espinheiral das dores alheias
que sombra, provação e angústia encerra...
Hoje, singela dádiva perdida,
amanhã será luz, beleza e vida
dulcificando as lágrimas da Terra.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
INSTRUÇÕES DA VIDA
Ofensa, pedrada, espinho,
injúria, maldade ou lama...
Tudo vence no caminho
o coração de quem ama.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
LÁGRIMAS
Benditas sejam, torturando embora,
as lágrimas que a vida transfigura
na fonte generosa, viva e pura
de perfeição e luz para quem chora.
Lírios e estrelas de celeste alvura,
entre as sombras da mágoa que aprimora,
rolam do coração, lembrando a aurora
no imenso caos da imensa noite escura!...
Benditas sejam! Lágrimas divinas
como flores brilhando sobre as ruínas,
que a provação estende, véspera e franca...
Mas, acima da bênção que as alveja,
ante a glória do amor, bendita seja
a mão da caridade que as estanca!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
LEMBRANÇA DE IRMÃ
Ah! minha Nina amada, abelha mansa
da colmeia a que o Mestre se afeiçoa.
Guarda contigo, ovelha humilde e boa,
a saudade no escrínio da esperança!
Alma de arminho, cândida criança,
mensageira do bem que aperfeiçoa,
Deus te enriqueça! Aureole-te a coroa
de eternidade e bem-aventurança!
Flor! – guarde-te o sol do amor divino,
Estrela! – acende o lume peregrino,
Irmã! – toda a ternura te reveste!
Espera e ama! exulta de alegria,
que os teus amados chegarão, um dia,
ao teu templo de luz no Lar Celeste!…
Fonte:
Francisco Cândido Xavier. Auta de Souza. Ebook obtido na Biblioteca Espírita.
Francisco Cândido Xavier. Auta de Souza. Ebook obtido na Biblioteca Espírita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário