Ana Maria de Jesus Ribeiro. Assim se chamava a mulher mais famosa da causa farroupilha, dessa causa tão importante, que teve o seu início no ano de 1835.
Ana nasceu em 30 de agosto de 1821, em Morrinhos, arredores de Laguna – SC.
Por imposição de sua mãe, casou-se aos quatorze anos com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. A relação era conflituosa e durou apenas quatro anos.
Quando o italiano Giuseppe Garibaldi, que a essas alturas já era reconhecido como um herói, chegou em Laguna com as tropas farroupilhas de Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes, conheceu Ana, que também era revolucionária. Os dois se apaixonaram fulminantemente. Realizava-se ali, um encontro de almas. De almas gêmeas, pois um parecia emitir o reflexo da luz do outro.
Para poderem desfrutar de seu amor, os dois fugiram para Itaparica. Iniciava-se assim, um épico romance repleto de lutas e aventuras. Em um combate travado em Santa Catarina, Ana, que agora era chamada de Anita, por Garibaldi, entra para a guerra e prova a sua bravura. Entre um evento revolucionário e outro, Anita, tem o seu primeiro filho: Menotti. Pouco tempo depois, Giuseppe e Anita se casam.
Alguns anos se passam e ela já cansada e com três filhos, não abandona o seu espírito de guerreira. Devido às cavalgadas noturnas e a alimentação inadequada, Anita contraiu febre tifoide e ficou muito doente. Mesmo com a saúde debilitada, segue com o marido e as crianças para Nice. Lá, eles lutam pela unificação da Itália. A saúde da heroína piora e, em 1849, com apenas vinte oito anos de idade, ela morre nos braços de seu amado. Italianos, uruguaios, libertários e os farrapos brasileiros republicanos, choraram a sua morte. Chamada de a heroína dos dois mundos, ela está enterrada em Roma, na colina de Janículo.
Essa guerreira incrível, nos deixou como legado, nos ares do Rio Grande, faíscas de paixão expelidas por suas armas de fogo. Gestos de ousadia pela atitude em fugir para viver o seu verdadeiro amor, capacidade de aprender, ao vencer tantas batalhas. E, acima de tudo, CORAGEM de ser feliz em plena guerra. Anita tinha um "q" de deusa... por isso tornou-se brilhante em tudo o que fazia... e mesmo doente, morreu vitoriosa...Por esses motivos e tantos mais, me curvo orgulhosa aos pés do altar da história dela que, por terra, rios e mares teve em vida, as bênçãos sagradas de Atena, Sekhmet, Ártemis e Iansã...
Salve, salve, salve, ANITA GARIBALDI! Uma mulher valente pra valer!
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