Certo dia um grande e renomado pintor foi instado se já havia pintado a perfeição. Ele pensou e respondeu:
- Não, pois por mais que a procurasse não a encontrei.
Então ele foi desafiado a realizar tal obra e o desafio foi prontamente aceito.
A partir daquele momento tal pintura tornou-se uma obcecação para ele. Começou a pintar belas paisagens, aves de rara beleza, frutos, flores, rios e cascatas, lagos, enfim, tudo o que lhe parecia belo e fascinante. Mas tudo em vão, nada lhe parecia próximo à perfeição, nada agradava a seus olhos e ao seu prazer.
Foi ficando a cada vez mais convencido de que a perfeição física não existia, era algo etéreo e impossível de ser retratado. E já estava desistindo do desafio quando lhe veio à ideia uma figura e essa sim representaria o grau máximo da virtude.
Pegou, então, a tela, a paleta, as tintas e os pinceis, e simplesmente pintou a MULHER!
Fonte:
Enviado pelo autor.
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
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