quarta-feira, 14 de junho de 2023

Clarisse da Costa (Bom dia)

Bom dia com o cheiro do melhor café e um dedinho de prosa. O que me remete ao cotidiano e a coisas antigas do meu passado remoto. Digamos que em 1996 estaria escrevendo essa prosa numa máquina de escrever e na antena da minha TV teria uma palha de aço. Minha realidade.

Mais um passo à frente eu posso dizer que o amor era apenas um coração desenhado e com versinhos bobos, mas tão sinceros, hoje é um coração com espaços a serem preenchidos com as incertezas sobre o que é o amor.  A vizinha canta uma música sertaneja bem apaixonada sem ter a noção do que é esse sentimento. Ou melhor, sem discernir o amor da paixão.  Eu como sempre sou uma eterna amante. Amo por inteiro e às vezes esqueço das pauladas que posso levar.

Voltando a 1996, a máquina ficou sem tinta. Não durou dois meses e não se vendem mais tintas. A guerreira vai pro ranchinho aqui de casa.  Cá entre nós, como é bem-vindo o século XXI! No entanto, muitas coisas antigas continuam a existir. O velho preconceito é um deles. A língua é até mais afiada que a sua. Fala feito matraca! E eu sou a romântica incondicional do bairro, amar é o meu vício!

Amo sim. Quem nunca amou e teve esperanças de viver a vida com esta pessoa?

Acho que vou quebrar muito a cara ainda até vir aquela pessoa disposta a amar também. - Pensava muito assim. Agora parei. Já quebrei muito cara, amanhã e depois vou quebrar mais o que?

É assim mesmo, dizem que quem tem amor de sobra para dar só para quando o coração entra em acordo com a razão e diz chega de sofrer. É capaz dela me dizer para ler um bom livro, e olha que em cima da cômoda tem duas antologias boas para eu ler!

Bom dia, o café me espera e eu tenho muitas coisas para fazer. E lá vem mais um Natal, é novembro, finados já passou. O tempo voa mesmo. Como se o tempo fosse um pássaro rumo ao sul. Agora preciso ir. O tempo passa e o relógio não falha.

Fonte:
Texto enviado por Samuel da Costa

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