Em meus devaneios e reminiscências permiti-me estar em Jaguariaíva, na Praça Dona Izabel, no crepúsculo de um dia do mês de fevereiro de 1958, data do meu aniversário de oito anos.
De frente para a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, a vi, majestosa e imponente em sua simplicidade externa, com uma bela imagem de Cristo, colocada no cimo e na parte frontal do seu telhado, abençoando sua cidade.
Fui até ao adro, onde havia uma grande porta central, que se encontrava fechada, e duas portas menores nas laterais, todas em madeira de lei. Dirigi-me a do lado direito e adentrei o templo. Logo à minha frente, na parede, numa pia semi-circular em mármore havia água benta onde eu, molhando os três dedos centrais da mão direita, persignei-me e dirigi-me à nave central onde quedei-me para a fazer as minhas orações. Então, como num passe de mágica, tive a impressão de ouvir, vindo do espaço reservado ao coro, atrás de mim e no alto, os cantores a entoar um cântico de louvor à Virgem Maria.
Toda a igreja encontrava-se inundada pela luz emitida por dois belos lustres de cristal que pendiam do teto, um róseo e o outro branco e bem maior, situado logo mais à frente, mesclada com os reflexos do que ainda restava da luz do dia no coloridos dos vitrais. E uma sensação de encantamento e de cumplicidade Divina invadiu o meu ser naquele final de tarde.
Nas paredes laterais da bela igreja, entre as janelas, haviam quadros em alto relevo, iniciando-se da frente do lado esquerdo e terminando à frente do lado direito, que contavam a Via-Crucis de Jesus Cristo. E de cada lado, próximos às portas laterais, havia uma joia da marcenaria: os confessionários em madeira de cedro, toda trabalhada, mandados vir de Portugal quando do final da construção da igreja. Mais à frente e ao lado esquerdo, próximo a um dos altares secundários onde se viam nichos com belíssimas imagens de santos, ficava a pia batismal em mármore, com tampo de madeira, a mesma em que eu fora batizado.
Em frente à nave, e após dois degraus, fica o presbitério, da qual era separado por balaústres de madeira pintados como se fossem de mármore travertino, com passagem central. Nesse espaço sagrado, reservado aos padres e à equipe de liturgia, ficava a credencia, que assim como o altar-mor e os dois altares secundários, era recoberta por alvas e belas toalhas caprichosamente bordadas por dona Pequena de Barros, que também por elas zelava. E coroando toda a beleza da igreja: o Altar-Mor, esculpido em madeira, também pintado como mármore, ladeado por belas imagens de anjos portando altas luminárias, tendo ao centro e em plano inferior o Sacrário, e no alto, dentro de um nicho envidraçado, a bela imagem do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria coberto com uma capa carmim.
Após novas orações junto ao altar, dirigi-me à lateral direita do mesmo, onde, na sua parte inferior, havia uma placa em bronze indicando que naquele local jaziam os restos mortais de Dona Izabel Branco e Silva, doadora daquela igreja à municipalidade, bem como fundadora da cidade de Jaguariaíva.
Hoje, já com setenta e seis anos de idade, resido bem longe: em Maringá. Mas a saudade e a lembrança dos meus tempos de menino, quando morava próximo ao atual Santuário do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, me invadem docemente a cada dia.
De frente para a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, a vi, majestosa e imponente em sua simplicidade externa, com uma bela imagem de Cristo, colocada no cimo e na parte frontal do seu telhado, abençoando sua cidade.
Fui até ao adro, onde havia uma grande porta central, que se encontrava fechada, e duas portas menores nas laterais, todas em madeira de lei. Dirigi-me a do lado direito e adentrei o templo. Logo à minha frente, na parede, numa pia semi-circular em mármore havia água benta onde eu, molhando os três dedos centrais da mão direita, persignei-me e dirigi-me à nave central onde quedei-me para a fazer as minhas orações. Então, como num passe de mágica, tive a impressão de ouvir, vindo do espaço reservado ao coro, atrás de mim e no alto, os cantores a entoar um cântico de louvor à Virgem Maria.
Toda a igreja encontrava-se inundada pela luz emitida por dois belos lustres de cristal que pendiam do teto, um róseo e o outro branco e bem maior, situado logo mais à frente, mesclada com os reflexos do que ainda restava da luz do dia no coloridos dos vitrais. E uma sensação de encantamento e de cumplicidade Divina invadiu o meu ser naquele final de tarde.
Nas paredes laterais da bela igreja, entre as janelas, haviam quadros em alto relevo, iniciando-se da frente do lado esquerdo e terminando à frente do lado direito, que contavam a Via-Crucis de Jesus Cristo. E de cada lado, próximos às portas laterais, havia uma joia da marcenaria: os confessionários em madeira de cedro, toda trabalhada, mandados vir de Portugal quando do final da construção da igreja. Mais à frente e ao lado esquerdo, próximo a um dos altares secundários onde se viam nichos com belíssimas imagens de santos, ficava a pia batismal em mármore, com tampo de madeira, a mesma em que eu fora batizado.
Em frente à nave, e após dois degraus, fica o presbitério, da qual era separado por balaústres de madeira pintados como se fossem de mármore travertino, com passagem central. Nesse espaço sagrado, reservado aos padres e à equipe de liturgia, ficava a credencia, que assim como o altar-mor e os dois altares secundários, era recoberta por alvas e belas toalhas caprichosamente bordadas por dona Pequena de Barros, que também por elas zelava. E coroando toda a beleza da igreja: o Altar-Mor, esculpido em madeira, também pintado como mármore, ladeado por belas imagens de anjos portando altas luminárias, tendo ao centro e em plano inferior o Sacrário, e no alto, dentro de um nicho envidraçado, a bela imagem do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria coberto com uma capa carmim.
Após novas orações junto ao altar, dirigi-me à lateral direita do mesmo, onde, na sua parte inferior, havia uma placa em bronze indicando que naquele local jaziam os restos mortais de Dona Izabel Branco e Silva, doadora daquela igreja à municipalidade, bem como fundadora da cidade de Jaguariaíva.
Hoje, já com setenta e seis anos de idade, resido bem longe: em Maringá. Mas a saudade e a lembrança dos meus tempos de menino, quando morava próximo ao atual Santuário do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, me invadem docemente a cada dia.
Fonte:
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
Enviado pelo autor.
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
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