Ama a escola que produz,
essência, que não se estraga;
saber, é a perpétua luz,
que acesa, jamais se apaga!
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A vida é eterna proeza;
é luz que, na caminhada,
mantém a esperança acesa
até no fim da jornada!
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Contemplo na noite calma,
luzes no céu!... Logo ao vê-las...
Parece até que minha alma
sente-se repleta de estrelas!
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Da antiga praça, ainda vive,
restos, na lembrança minha,
daquela infância que eu tive
nos passeios da pracinha!
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Da infância, carrego os traços
nesses ditongos de luz,
que brilham presos nos braços
dos braços de minha cruz!
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Daquele caminho estreito,
pisoteado por nós dois,
quanta lembrança em meu peito,
já tanto tempo depois!...
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Depois do fogo que passa,
deixando cinza e borralho,
a dor da planta se abraça
aos braços de cada galho!
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Dizer - eu te amo, tu dizes;
mas, por amor, tu caçoas.
Se eu perdoar teus deslizes,
sei que tu não me perdoas!
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É Natal!... Que noite linda!
Noel, esquece... afinal,
que há muita criança ainda,
sem saber o que é Natal!...
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Entendo que o outono é nobre,
bem mais que inverno e verão;
no outono é que se descobre
quanto é sábia a solidão!
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Esse orgulho que te exalta,
rouba-te a luz da razão!...
Vê, que a luz do Sol, tão alta,
é humilde, ao beijar o chão!
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Na ausência, a dor, que mais cresce,
que dobra a dor que se sente,
começa com a letra "esse"
com que se escreve serpente!
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Nas covas, de um campo santo,
o que existe de verdade,
são poucas gotas de pranto,
muitos litros de saudade!!!
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No mosteiro abandonado,
um velho monge, sem trono,
ouve as preces do passado,
na voz das preces do outono!
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O adeus, nem sempre, é uma afronta;
mas, se ele for displicente,
dói feito um punhal sem ponta
que fura o peito da gente!
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O arrebol, de alma secreta,
à tarde, sempre nos diz:
quem tem alma de poeta
mesmo em silêncio, é feliz!
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O mar, desperta e desvenda
que a praia, feliz se enleia,
na camisola de renda
que a espuma tece na areia!
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O pôr do sol me diz algo,
toda tarde, ao fim do dia:
- Que o Sol, é um velho fidalgo
e poeta da nostalgia!
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O tempo é um remédio santo,
para qualquer dissabor...
Cura o tédio, cura o pranto
e as cicatrizes do amor!
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Ouço, mãe, a ressonância
de tua voz tão sentida;
- bálsamo de nossa infância,
- remédio por toda a vida!
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Por favor, não te aborreças,
se me esperas tanto assim;
é bom para que tu cresças
sem te esqueceres de mim!
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Quando a noite, se rebela,
e é cada vez mais escura,
a saudade me atropela
e a solidão me procura!
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Quando o tempo, em seus afãs,
nosso viver, amordaça...
A luz do Sol, das manhãs,
brilha, e aos poucos, perde a graça!
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Quem ao divino se apega
e segue a divina luz...
Esquece a cruz que carrega
E aceita o peso da cruz!
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São tantas nossas cantigas,
tornando as horas, amenas,
que velhas mágoas antigas
deixam de ser nossas penas!
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São tantas velhas lembranças
marcando o passo ao meu lado,
que na voz das horas mansas
ouço a voz do meu passado!
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Se a casa é pobre e sofrida,
mas, tem um bem de valor:
a massa do pão da vida,
feita das sobras do amor!
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Se a justiça, é cega e justa,
por que nos seus tribunais,
nas decisões, não se ajusta,
se somos todos iguais?
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Se a sorte, quando te acerta,
rouba o pouco que era teu,
tu não tens sorte, e na certa,
a sorte, nada te deu!
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Se Deus pôs tanta poesia
nas versos do sol nascente,
por que tanta nostalgia
nos poemas do sol poente?!...
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Se eu não sou livre, em verdade,
nada eu reclamo de Deus;
vivo a eterna liberdade,
nas asas dos versos meus!
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Sem saber a dimensão
desta força que me guia,
vou revestindo o meu chão
com retalhos de poesia!
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Se tu tens outras propostas,
volta logo, por favor,
que há sempre sábias respostas
nos recomeços do amor!
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Sonhar contigo, me acalma;
e o sonho, que é vã quimera,
perfuma as mãos de minha alma
e quebra os laços da espera!
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Tua foto envelhecida
num silêncio, que tortura,
guarda da infância da vida
reticências de ternura!
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Uma flor sempre nos fala
de plenitude e de paz,
pelo aroma que ela exala,
ou pelo bem que nos faz!
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Um verso bom que desliza
na mente sã de um poeta,
revela o que se precisa,
na trova que se completa!
Fonte:
Enviado pelo trovador.
Professor Garcia. Versos para refletir. Natal/RN: Trairy, 2021.
Enviado pelo trovador.
Professor Garcia. Versos para refletir. Natal/RN: Trairy, 2021.
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