Assobiaram e sibilaram nas altas horas os ventinhos de agosto. Vieram mansinhos, mansamente, e logo as primeiras vozes nos beirais.
O bochincho cresceu, raios rondando, vozerio nas frinchas de portas e janelas. Vozes do Além. A porteira rangendo, as vacas berrando na estrebaria. Madrugada sonora. Alarido dos ventos.
O bochincho cresceu, raios rondando, vozerio nas frinchas de portas e janelas. Vozes do Além. A porteira rangendo, as vacas berrando na estrebaria. Madrugada sonora. Alarido dos ventos.
Amanhecer silencioso, anuviado, só os canarinhos. Harmonia opaca que foi carregando no espaço, horizontes velados, prenúncios - pré-anúncios - de chuva a caminho. A tarde chegou e com ela os primeiros pingos serenos neste agostinho bem molhado, invadindo as veredas da noite.
Ventos e chuvas são forasteiros sem fronteiras levando mensagens de toda espécie, das fagueiras às mais insolentes, em avatares dulçurosos ou tormentosos, graciosos ou em alaúza. E sempre foi assim, essa constância inconstante atravessa os anos de nossas vidas e nos põe lado a lado junto à natureza na sina de transitórios.
Ventos e chuvas são forasteiros sem fronteiras levando mensagens de toda espécie, das fagueiras às mais insolentes, em avatares dulçurosos ou tormentosos, graciosos ou em alaúza. E sempre foi assim, essa constância inconstante atravessa os anos de nossas vidas e nos põe lado a lado junto à natureza na sina de transitórios.
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