quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Genaura Tormin (Goiás Poético)


CRISTAL QUEBRADO

Náufraga de sonhos,
Tenho saudades de mim mesma.
Guardiã estática
De uma performance em cacos,
Já não sei quem sou.

Quebrou-se o cristal!
Incendeiam-se restos de esperanças,
Multiplicando a inércia dos instantes.
A solidão se faz...
Sonho frustrado.
Permito-me o impossível
Porque as portas me fascinam.

Vivo emoções do tempo que se foi.
Das derrotas,
Guardo o aprendizado.
Não fujo de nada!
Nada em mim petrificado está.
Há muito sentimento
Ainda.
Mergulho nos meus cantos,
Escudo-me na coragem,
Pois inteira sou
Para esta viagem seguir,

PROTÓTIPO DA FELICIDADE

A distância edifica o amor!
Prova a sua importância,
O lugar cativo no coração.
Pode, também,
Consolidar o fim,
Lanhar a emoção.

Na dúvida,
Nunca diga adeus.
Tente outra vez!
Resista ao sentimento.
A esperança não pode partir.
Abra o seu coração!
Deixe o afeto emergir.
Cante por todas mágoas,
Por todas as dores...

As portas se abrem sempre.
Não se aprisione às que se foram.
O amor é imprescindível.
É alento, tormento,
Dinâmica do existir.

Sua falta machuca,
Diminui a auto-estima,
Abre crateras, provoca feridas...
Ame,
Mesmo que seja em sonho!
Encontre pessoas queridas.
A fantasia faz parte!
É o protótipo da felicidade!

ARQUITETA DE MIM

Vou reinventar a vida!
Fazer consertos,
Aplicar remendos.

Prenhe estou de disfarces
E esgueiram-me pelos corpo
A plangência do tempo,
Restos de batalhas
Que se reiniciam sempre.

A incoerência dos retalhos
Fragmentam-se pelos dias.
Recolho os estilhaços.
Sou enigma,
Sou incógnita no existir!
Fabrico fantasias
E metáforas.
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