Agora tenho na mente,
muita coisa a realizar:
Ver a família contente
com o natal a chegar.
Amei, fui correspondida,
por muitos e muitos anos...
Que linda história de vida,
de prazer... Sem desenganos!
A vida com esperança,
mais a primavera em flor,
dão prazer, perseverança,
no todo, com muito amor!
Com os fogos e fogueiras,
festejamos São João...
São fórmulas costumeiras
de esquentar o coração!
Depois que bebe, ele corre,
a velocidade o anima...
Só vai acordar do porre
lá no "céu" ou na oficina!
Explode no firmamento
um sol de raro esplendor,
espargindo pelo vento,
eflúvios de eterno amor!
Ipês rebrilham como ouro
em Curitiba, é verdade.
Flores no chão qual tesouro
são tapetes da cidade!
Muito triste, inestimável,
foi perder o meu marido,
realmente, lamentável,
o fato de ter partido.
Nesta sugestiva data,
nosso desejo sensato:
um porvir de magnata,
ordem, progresso, de fato!
O firmamento, figuras
muito estranhas, a valer...
Parecem nas nuvens claras,
carneirinhos a correr!
Palavras, consolação,
pra saudade, não existe!
Mais que uma simples paixão,
só ao milagre resiste.
Político mafioso,
em nossa concepção
quando apático e ocioso,
é um desastre pra nação!
Saudade aquele quesito,
que nos punge, que devora...
É aquele amor infinito,
que sem piedade apavora...!
Sempre alerta no volante,
no meu trajeto diário,
com cautela, a todo instante,
vou viver… um centenário!
Fonte:
Vânia Ennes. Elo de gerações. Curitiba: InVerso, 2018
Livro enviado pela autora.
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