Genécio é funcionário há trinta anos.
Cansado da burocracia.
Há mais de dois anos sem ter aumento.
Governo sacana.
Família passando necessidade.
Filhos em escola pública.
Apenas Glorinha, a mais velha, conseguiu se formar.
Professora e enfermeira.
Luta dura.
Dois empregos.
De tarde na escola ensinando criança, à noite no hospital de acidentados.
Um horror.
Bonita, é verdade, mas não vai querer se casar.
Prendada.
Talvez por causa da dureza de casa.
Uma noite, voltando do maldito serão, encontra um amigo que há muito não via.
Cumprimentam-se, conversam, riem dos velhos tempos, até que o chegado a convida a um drink, num desses barzinhos de ponta de rua, onde o trotoir corre solto.
Reluta a princípio, mas diante da insistência, aceita.
Entram.
Glorinha é a cafetina,
Fonte:
Renato Benvindo Prata. Azarinho e o caga-fogo. Paranavaí/PR: Eg. Gráf. Paranavaí, 2014.
Livro enviado pelo autor.
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