Nossos veículos, nossos aparelhos eletrônicos, nossos telefones celulares periodicamente necessitam de recargas em suas baterias para o seu perfeito funcionamento.
Nós, seres humanos, cujos corpos são movidos pela energia produzida por nossos metabolismos, sendo que cada batida dos nossos corações produz corrente de eletricidade, que varia a sua potência de um para outro indivíduo, dependendo da constituição orgânica das células e da condutibilidade de cada corpo, somos também máquinas elétricas. Sendo assim, é indispensável que cada ser humano mantenha o equilíbrio elétrico do seu corpo, sendo que ele depende da saúde física, mental e emocional de cada indivíduo.
Então, quando muitas vezes nos sentimos indispostos, sem muito ânimo e não achando muita graça no nosso habitat, é sinal evidente de que a nossa bateria - nosso coração - precisa ser recarregada para voltar às suas funções normais. E para isso se faz necessário se faz que diversifiquemos as nossas atividades; que mudemos de ambiente fazendo uma viagem ou mesmo um passeio a lugares agradáveis ao cinema, ao teatro ou até mesmo a um shopping e, principalmente, que reencontremos os nossos amigos em uma reunião, onde o bate-papo corra descontraído e onde possamos rir e nos divertir de forma sadia e reconfortante.
Ontem tive uma experiência que comprova essa teoria: como eu sofro de moléstias consideradas incuráveis pela medicina (não por Deus), apesar das minhas atividades diárias, sentia necessidade de algo mais, de mudar um pouco a minha rotina. Então recebi um convite de dois grandes e queridos amigos para que fosse jantar com eles e com mais alguns outros também bons amigos. Relutei um pouco, pela minha dificuldade de locomoção, mas acabei aceitando e fui com uma querida amiga.
Lá chegando, percebi que já ocorria certa mudança em mim pelo carinho com o qual fui recebido, pela atenção que me dispensaram, pelo excelente bate-papo muito alegre e descontraído, pelo cardápio excelente que nos foi oferecido, mas principalmente pela amizade e pelo companheirismo que eram a tônica da reunião.
A noite, para mim, tornou-se muito curta, pois sentia, virtualmente, a minha bateria recarregar-se aos poucos, dando-me mais ânimo para prosseguir a minha jornada.
Uma coisa tão simples? Um simples jantar? Não! Um momento único, o qual por mais que tentemos jamais será repetido, mesmo que busquemos o mesmo espaço, com a mesma decoração, com as mesmas pessoas, com o mesmo cardápio, enfim, mesmo que procuremos fazer tudo igual!
Fonte:
Enviado pelo autor.
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
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