domingo, 9 de janeiro de 2022

Silmar Böhrer (Croniquinha) – 41 –

Nossos antepassados certamente sabiam apreciar melhor a vida em relação aos costumes e princípios que temos hoje. Mas se fizemos algo de errado, sempre há tempo para mudar.

Na vida desenfreada dos nossos dias, ficaram de lado o lazer, a recreação, o ócio criativo. Essa é a vida a ser vivida? Inflacionamos os dias com tantos afazeres - até os dispensáveis -, caímos na roda-viva da correria, semeamos o insensível para todo o lado, bestificamos os bons dias, ironizando a vida da própria vida.

Em recente livro o humanista Juan Arsuaga afirmou literalmente que "a vida não pode ser trabalhar a semana inteira e ir ao supermercado no sábado. Essa vida não é humana. Deve haver algo mais, e essa outra coisa se chama cultura. É a música, a poesia, a natureza, a beleza".

E acrescenta o também antropólogo:

"Apreciar a beleza é uma questão de educação e sensibilidade. Procure o que é belo na vida. Há muita beleza".

A missão é trabalhar com afinco, mas viver a vida em plenitude.

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Texto enviado pelo autor 

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