sábado, 15 de janeiro de 2022

Silmar Böhrer (Croniquinha) – 43 –

As estações do ano são maravilhosas - cada uma com suas nuances, seus encantos, suas belezas. E inspiram e seduzem de variadas formas. Uma delas é a gastronomia. As frutas estão sempre presentes, cada uma obedecendo o clima que lhe é apropriado. O mesmo acontece com as verduras, as hortaliças . . .

E o outono no sul do Brasil tem uma peculiaridade que só acontece por aqui - colhe-se o pinhão, que é semente da araucária, tradicional nas florestas, nas campinas, nas planícies. E nos cânions do planalto.

Entre abril e maio as pinhas (frutos) maduras soltam os pinhões, tão apreciados como alimento, quanto cobiçados pelos comerciantes. São comuns algumas cenas . . .

Manhã domingueira, junho, invernia. Na caminhada habitual pela estrada da mata levamos um bornal para juntar o pinhão que pretendemos colher. A brisa é fria, os passos, curtos, a atenção é total. Colhemos as sementes (pinhões) da próxima sapecada. Ajunto versos entre as grimpas. E vou advertindo a companhia:

Vá em frente devagarinho  
para que nada se perca,  
nem que atrás do pinhãozinho  
tenhas que varar a cerca.

Fonte:
Texto enviado pelo autor.

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