Nosso amigo Aidano é um camarada polivalente. Mecânico de mão cheia, já foi gerente de loja, trabalhou em agência de aluguel de automóveis e por fim resolveu ganhar a vida como motorista de ônibus.
O ocorrido que iremos relatar aconteceu enquanto Aidano trabalhava na empresa Fagundes, em São Gonçalo. Uma das linhas onde nosso amigo ficou efetivado foi na linha Alcântara x Curuzu, que ele mesmo classificou como "a melhor linha de ônibus em que já trabalhei".
Aidano trabalhava com uma cobradora da pá virada, enfezada e meio doida. Em certa viagem, ainda em Alcântara, o ônibus quase sempre era tomado por estudantes, que faziam a maior algazarra no veículo, enquanto voltavam para suas casas no Curuzu. A cobradora, muito aporrinhada, dizia para Aidano:
- Quando chegarmos no Curuzu, naquela rua cheia de buracos e quebra-molas, pode acelerar o ônibus pra essa galerinha que gosta de agitar, sentir um agito de verdade.
- Mas e você lá atrás? (as roletas ainda ficavam na parte de trás do veículo).
- Não esquenta comigo não, eu levanto e vou em pé. Mete bronca!!!
Pois assim Aidano fazia: era chegar no Curuzu e ele acelerava a velha jardineira à toda, botando a molecada pra pular. A cobradora vibrava, vendo o sofrimento dos agitadores...
Certa feita, chegando no Curuzu na viagem fatídica, nosso companheiro fez conforme o combinado. Mas, de repente, um grande marimbondo entrou pela janela ao lado de Aidano, e, sem ele ver, foi pousar diretamente em seu colo. Foi aí que o inacreditável aconteceu. O Infeliz do inseto foi dar uma ferroada lá, justamente no ponto fraco do homem; Ele sentiu aquela pontada e imediatamente afastou o marimbondo. Mas em instantes a ferroada fez efeito e Aidano passou a gritar de dor, fazendo caras e bocas, xingando mais que a saudosa Dercy Gonçalves, mas sem diminuir a velocidade do veículo. Afinal, ele pensava, precisava chegar logo no ponto final para ir ao banheiro e avaliar o estrago, além de poder jogar uma água naquela fervura.
Enquanto isso, a molecada, já meio acostumada com o pula-pula, gritava adoidado. E lá de trás, em pé ao lado da roleta, a cobradora, ao ver Aidano berrando como um louco, imaginou que ele estava zoando junto com os moleques devido ao pula-pula, e resolveu entrar na onda: passou ela também a gritar e a rir alucinadamente, enquanto Aidano berrava e acelerava e o ônibus corria e sacolejava como se fosse desmanchar-se! Quem visse de fora aquela zona pensaria que aquilo era ônibus especial levando foliões de carnaval...
Pobre Aidano, somente ao chegar no ponto final é que pode ver que o lugar atingido estava inchado, do tamanho de uma laranja, e das grandes...
O ocorrido que iremos relatar aconteceu enquanto Aidano trabalhava na empresa Fagundes, em São Gonçalo. Uma das linhas onde nosso amigo ficou efetivado foi na linha Alcântara x Curuzu, que ele mesmo classificou como "a melhor linha de ônibus em que já trabalhei".
Aidano trabalhava com uma cobradora da pá virada, enfezada e meio doida. Em certa viagem, ainda em Alcântara, o ônibus quase sempre era tomado por estudantes, que faziam a maior algazarra no veículo, enquanto voltavam para suas casas no Curuzu. A cobradora, muito aporrinhada, dizia para Aidano:
- Quando chegarmos no Curuzu, naquela rua cheia de buracos e quebra-molas, pode acelerar o ônibus pra essa galerinha que gosta de agitar, sentir um agito de verdade.
- Mas e você lá atrás? (as roletas ainda ficavam na parte de trás do veículo).
- Não esquenta comigo não, eu levanto e vou em pé. Mete bronca!!!
Pois assim Aidano fazia: era chegar no Curuzu e ele acelerava a velha jardineira à toda, botando a molecada pra pular. A cobradora vibrava, vendo o sofrimento dos agitadores...
Certa feita, chegando no Curuzu na viagem fatídica, nosso companheiro fez conforme o combinado. Mas, de repente, um grande marimbondo entrou pela janela ao lado de Aidano, e, sem ele ver, foi pousar diretamente em seu colo. Foi aí que o inacreditável aconteceu. O Infeliz do inseto foi dar uma ferroada lá, justamente no ponto fraco do homem; Ele sentiu aquela pontada e imediatamente afastou o marimbondo. Mas em instantes a ferroada fez efeito e Aidano passou a gritar de dor, fazendo caras e bocas, xingando mais que a saudosa Dercy Gonçalves, mas sem diminuir a velocidade do veículo. Afinal, ele pensava, precisava chegar logo no ponto final para ir ao banheiro e avaliar o estrago, além de poder jogar uma água naquela fervura.
Enquanto isso, a molecada, já meio acostumada com o pula-pula, gritava adoidado. E lá de trás, em pé ao lado da roleta, a cobradora, ao ver Aidano berrando como um louco, imaginou que ele estava zoando junto com os moleques devido ao pula-pula, e resolveu entrar na onda: passou ela também a gritar e a rir alucinadamente, enquanto Aidano berrava e acelerava e o ônibus corria e sacolejava como se fosse desmanchar-se! Quem visse de fora aquela zona pensaria que aquilo era ônibus especial levando foliões de carnaval...
Pobre Aidano, somente ao chegar no ponto final é que pode ver que o lugar atingido estava inchado, do tamanho de uma laranja, e das grandes...
Fonte:
Ron Letta (Sammis Reachers). Rodorisos: histórias hilariantes do dia-a-dia dos Rodoviários.
São Gonçalo: Ed. do Autor, 2021.
Livro enviado pelo autor.
Ron Letta (Sammis Reachers). Rodorisos: histórias hilariantes do dia-a-dia dos Rodoviários.
São Gonçalo: Ed. do Autor, 2021.
Livro enviado pelo autor.
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