No parque
Já é primavera.
Mas dentro de mim,
O outono insiste
A desfolhar
Lembranças.
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O amor é flor
Que não
Escolhe
A cor pra
Desabrochar.
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O sorriso virou saudades
No lugar vazio
Cheiro de lavanda
Com o tempo
Os olhos já não regam
As pálpebras entristecidas
Mas o coração,
Ah!
Este continua navegando
Encharcado de lembranças.
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Me fiz lua
Só pra
Ser tua
Todas
As noites.
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Esqueci de combinar com o coração
Quando disse
Que não iria mais me apaixonar.
Ps.:
E a paixão ganhou nome, o teu.
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Quando
penso
em você
Balança
em mim
Uma árvore
de saudades
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Derrubando poesia
Tomara que um dia
Alguém encontre
E guarde alguma pra si.
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A saudade
Brincou de fazer colar de pérolas
No meu rosto
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Suavemente
Cai uma frutinha no rio.
Sem ondas,
Na calmaria das águas,
Encho o meu bolso de silêncio.
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Pensando
O
Futuro
Quando ela percebeu
Que a soma dos ontens
Era maior do que a soma
Dos amanhãs
Ela entendeu
A urgência do hoje
Dado como um pão sagrado
E começou a viver.
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ÍNDIO
Ao som dos gritos dos guerreiros
A natureza dança de corpo inteiro.
E nas asas dos pássaros ligeiros
Suas almas cantam livres e sem medos.
Mas nos olhos faiscantes
Escorrem os sonhos dos antepassados.
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Seu beijo
É a chave
Que abre meu apetite.
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No
Corpo
Da
índia
Destemida
A natureza sem ser reprimida
Brinca, pintando sonhos...
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Em meus lábios
Ficaram os desenhos
Dos teus beijos.
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Aquecida voarei.
Sou Fênix.
Teu fogo
Só alimenta as minhas cinzas.
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Quando passas por mim
Viro outono:
Me desapego
E caio aos teus pés.
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Na delicadeza
Dos teus traços
Pinto
No imaginário
Com as cores
Que eu
Te quero.
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Ah,
Essas mãos
Que me cuidam!
Cicatrizam
As minhas dores
E sem
Pedir favores
Massageiam
A minha alma.
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Hoje
A minha
saudade
criou asas
Partiu
da minha
janela
E foi até
a tua
Para
te procurar
Fonte: Daniel Maurício. Alma Lírica. Curitiba/PR: Ed. do Autor, 2021.
Enviado pelo poeta.
Enviado pelo poeta.
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