domingo, 15 de outubro de 2023

Leandro Bertoldo Silva (Vamos acordar os sonhos?)

De fato, acordei sobressaltado com aquela pergunta estranha e me sentei na cama. Ufa! Estava dormindo… Será? Ainda era madrugada e, seja como for, não mais preguei os olhos, pois aquela pergunta também não mais saía da minha cabeça. Corri para o computador e comecei a escrever… Foi assim que Oswaldo e o palhacinho de chapéu de guizos, que você está prestes a conhecer, ganharam vida e foram parar nas páginas de uma conceituada revista de educação.

O interessante é que, por algum tempo, Oswaldo, incentivado pelo brilhante amiguinho, pegou um livro que ganhara de presente, sentou no tapete de seu quarto e, pela primeira vez, abriu e começou a ler as histórias… Mas que histórias eram essas? Eu não sabia. Curioso como sou, perguntava a Oswaldo e ele falava que ainda não era hora de saber. Coisa estranha… E o tempo passou. Entrei para uma escola e fui dar aulas de Português, conheci muitas pessoas, fiz muitas outras coisas e criei o meu próprio trabalho que é hoje a Árvore das Letras, escrevi e publiquei os meus primeiros livros, entrei para a Academia de Letras de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, e fiz amizade com muitos escritores e escritoras, criei a minha própria produção sob demanda e o selo Alforria Literária através de prensa de madeira, a “Paula Brito”, onde os meus livros são feitos.

Até que um belo dia estava cortando alguns papeis para as capas de um livro, quando Oswaldo e seu amigo entraram sala adentro dizendo:

“Quer mesmo saber quais eram as histórias que eu lia? Elas estão aqui!”

Ao me refazer do baita susto que levei, olhei ao redor e só via os meus livros, os papeis, a “Paula Brito”, a Árvore das Letras. Aí perguntei:

“Aqui onde?”

E a resposta veio:

“Assim como os escritores nascem de outros escritores, as histórias nascem de outras histórias! E mais… Nascem das nossas experiências e dos nossos sonhos. Você já devia saber… Tudo o que tem a fazer é dar forma aos seus pensamentos, emendar um no outro, colocar os ‘pingos nos is’. Faça isso e irá se surpreender!”

Bem, foi assim que o livro surgiu. Das minhas lembranças de infância, das minhas leituras, fui juntando palavras, fatos, ideias, nomes daqui e dali como numa gostosa e divertida brincadeira. Dessa brincadeira juntei peças, troquei personagens de lugar, tornei a trocar, misturei um com o outro e consegui algo extraordinário: não apenas uma, mas várias histórias!

Ao término desse trabalho, Oswaldo e o palhacinho viraram para mim e disseram:

“Agora está pronto!”

Aí foi a minha vez de falar:

“Não está! Ainda falta uma coisa…”

E assim nasceu o epílogo do livro ao contar o que aconteceu após Oswaldo ter lido as histórias que seguiam…

Agora é com você! Leia-as e abra-se para o mundo dos sonhos e da imaginação, pois, tenha certeza, todas as possibilidades vivem guardadas lá…

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